Capítulo 5.

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Fui à casa de Lindsay, mas não aguentei muito. Uns 15 minutos depois fui embora, recusando sua oferta para almoçarmos juntas. Faz três dias que o conheci e faz três dias que sinto minha cabeça perto de explodir. Voltei para o meu apartamento, sem fome perante a tudo o que está acontecendo, deito-me sobre o cobertor peludo na cama. Fico sentindo meu corpo relaxar lentamente, sem querer me mover daquela posição e rapidamente pego no sono.

***

Estou na entrada principal do prédio. Observo as nuvens se contorcerem em um belo pôr do sol através do vidro. Minha visão é desviada para o carro escuro que chega lentamente e saindo de seu interior, um homem alto, com seu corpo magro e florestas envolvendo sua íris. Ele olha para a rua e depois se vira, olhando diretamente para mim. Ele sorri instantaneamente e meu coração acelera.

Suas longas pernas trabalham para chegar até a porta e eu me aproximo para abri-la. O recebo com um tenro beijo que vai se aprofundando devagar, com a minha língua explorando cada canto de sua boca. Suas grandes mãos descem e sobem pela extensão de meu corpo, até parar na gola de minha blusa, agarrando com força e rasgando o tecido. Ele toca cada centímetro do meu corpo, fazendo-me arrepiar. Beijos doces e molhados são deixados pela extensão do meu maxilar até meu seio esquerdo.

Abro os olhos rapidamente e me sento no sofá. Com meus olhos arregalados, respiro fundo e passo as mãos pelo meu rosto, sentindo molhá-las. Estou suada. Mas pelo menos foi somente um sonho. Pouso meus pés no chão frio, apoiando as mãos no sofá e respirando lentamente sinto meu coração sossegar.

Levanto-me e vou até a cozinha para tomar água, arrastando meus pés pelo caminho. Olho para o relógio e vejo que são duas da tarde. Tenho cinco horas até a tortura voltar.

Volto ao sofá me encolhendo e assisto a um filme de suspense, enquanto me esquento com uma xícara de café.

***

São seis da tarde quando me levanto e rastejo até meu quarto para escolher uma roupa. Pego meu vestido cinza de mangas longas, do qual para um pouco acima do joelho. E um casaco quente o bastante para o ar frio da noite. Combino com uma meia calça escura e minhas botas de salto alto. Após vou tomar banho. Despi-me enquanto esperava a água esquentar, deixando o banheiro fumegante.

Fiquei aproximadamente vinte minutos em baixo da água quente na tentativa de relaxar. Saio do box, com meus cabelos pingando e me visto rapidamente. Passo rímel e batom, pois são duas coisas que não vivo sem. Olho para o relógio novamente e faltam 23 minutos para o Harry chegar, segundo seu horário.

Desci pronta para esperá-lo, enquanto viajava nos meus pensamentos sobre Joey. Era o que tirava um pouco de meu nervosismo e parecia trazer paz ao meu conflito interno. Tristeza me invade ao lembrar que não deu certo entre nós. Ele quis permanecer amigos, ainda mais por trabalharmos juntos e eu concordei, mas por trás meu coração gritava que não.

Estava tão perdida em minhas fantasias que não notei um carro escuro estacionar em frente ao prédio. Um Audi 58 black, eu acho. Não tenho um conhecimento tão extenso no tema carros. Harry saiu de dentro do automóvel, trancando o mesmo e caminhando em direção à entrada, ou seja, na minha direção. Meu coração, que já estava acelerado antes, começou a saltar de meu peito. Eu permaneci parada no meu lugar, enquanto suas longas pernas o faziam se aproximar da porta de vidro. Ele parou, olhando para mim com um sorriso em seus traços, levantando a sobrancelha. Fiquei olhando para ele, até dar-me conta de abrir a porta.

Sua língua passou sobre seu lábio inferior e depois o mesmo foi sugado entre seus dentes. Quando a fina barreira que mantinha Harry afastado de mim foi removida, ele deu dois passos e aproximou-se do meu rosto, deixando um doce beijo em minha bochecha. Fiquei boquiaberta com sua atitude gentil.

Ele afastou-se, olhando direto para meus olhos arregalados, e riu de minha reação.

"Vamos?" Ele perguntou ainda rindo.

Assenti.

Ele segurou a porta aberta para eu entrar no automóvel e eu agradeci silenciosamente. Sentei no banco de couro preto do automóvel, agarrando meu casaco mais perto do corpo quando senti um arrepio percorrer meu corpo. Harry entrou logo em seguida, largando seu celular no porta copos e suspirando lentamente com seus olhos fechados forçadamente. Abriu-os e virou sua cabeça lentamente para mim. Um sorriso malicioso contornou seus traços ao encontrar meu rosto.

"Achei que seria mais difícil." Ele disse rindo.

Bufei.

"Harry, poderia devolver-me a pulseira?" Perguntei tentando passar confiança, enquanto por dentro parecia que cada parte minha desabava como se ocorresse um terremoto com o tremor do medo.

"Mais tarde." Ele falou, ligando a ignição. "Será minha garantia que permanecerá até o fim." Disse com perversão dançando em sua voz.

Revirei os olhos, me acomodando de forma a olhar pela janela, sem que seja necessário ter a visão do Harry. A viajem durou aproximadamente 10 minutos e ambos ficamos calados nesse tempo.

Harry

virou à direita, dirigindo através do estacionamento de um restaurante. Quando

ele virou totalmente, pude ver melhor o local e fiquei boquiaberta com sua

escolha. Ele estacionou, pegou sua carteira e desceu dando a volta, enquanto eu

estendia devagar a mão até a maçaneta para abrir a porta. Sentia-me

envergonhada.


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