Conectados

193 27 19
                                    

Becky on

Depois de contar o sonho para os amigos da Freen, liguei para o meu pai para avisar que passaria a noite na casa dela.

A Nam e eu conversamos bastante, tanto que sei sobre a morte de sua mãe, o sumiço do seu pai e como ela foi parar na alcateia da Freen.

Já era por volta das 19:00 horas quando comecei a sentir algo estranho. Não sei como, mas eu me sentia nervosa e meu coração estava muito acelerado. Passei a sentir uma leve falta de ar por alguns minutos mas rapidamente passou.

Subi para o quarto da Freen pra pegar minhas coisas e quando cheguei a mesma estava lá, perto da janela observando a lua.

— Tá sentindo Becky? — Freen pergunta sem se virar pra mim.

Sim, é agonizante — respondi e fui na direção da minha mochila, que eu sinceramente não sei como foi parar ali.

— É sim — se virou pra mim — O pior é quando você não tem alguém pra te ajudar. Isso sim consegue ser pior do que a lua cheia.

— Eu imagino. Essa sensação de que tem algo na minha pele me dá agonia. Não sei o que faria se não fosse vocês.

— Você sobreviveria — veio na minha direção — Você é muito inteligente e tenho certeza que você vai ser uma das mais fortes da alcateia — Fica atrás de mim.

— Eu espero ser útil — tirou algumas mechas de cabelo do meu ombro e começou a beijar a região.

— Você não vai ser só útil, você vai ser quem comanda — Começou a beijar a parte do meu pescoço.

— O que está fazendo Freen? — perguntei em um sussurro.

— Eu quero que seja minha essa noite — Senti uma de suas mãos em minha cintura.

— Eu? — minha voz saiu rouca.

— Sim, quero você hoje, amanhã e pra sempre — girou o meu corpo para que eu pudesse olhar em seus olhos — Eu quero você sempre na minha cama.

Ela começou a beijar meu pescoço de um jeito que me deixou com as pernas bambas. Inclinei meu pescoço para o lado, para que ela fizesse o que quisesse com ele. Levei minha mão até seus cabelos e comecei a puxar com uma certa força a fazendo gemer. Fechei os olhos para sentir mais daquela sensação.

— Becky — sussurrou. Continuei com os olhos fechados — Becky! — falou um pouco mais alto.

— BECKY! — me assustei com o grito da Freen. Ela estava perto da janela olhando pra mim e eu estava perto da cama dela ao lado da minha mochila. Ela me encarava preocupada.

Isso foi coisa da minha cabeça?

— Oi, desculpa, não te ouvi — disse e me sentei em sua cama.

— Percebi — veio até mim e se sentou do meu lado — O que aconteceu? Você estava com o rosto um pouco avermelhado e mordendo os lábios.

— Eu tô bem, não foi nada — menti. Fui procurar meu remédio para ansiedade na minha mochila, mas por algum motivo, quando fui me abaixar pra pegar ela, meu corpo travou.

— Becky — chamou. Olhei pras minhas mãos e vi elas tremendo. Minha respiração começou a ficar um pouco desregulada — Becky, o que tá acontecendo? — respirei fundo para conseguir controlar a respiração.

— E-eu não sei — meu coração começou a bater mais rápido, parecia que ia sair do corpo. Eu estava apavorada, faz tanto tempo que isso não acontecia.

— Becky — falou levemente preocupada. Olhei pra ela e vi ela olhando suas mãos — Tá acontecendo algo comigo, mas não vem de mim — Ela levantou uma mão e ela estava tremendo igual as minhas.

Graças a VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora