Freen on
- Freen? - Becky estava com os olhos arregalados e pude ouvir o seu coração acelerado.
- Becky, você tá bem? - ela estava parada na porta com um olhar assustado.
- E-eu... eu... - antes que ela pudesse continuar vejo o pai Aon atrás dela.
- Freen! - Aon veio na minha direção e me deu um abraço.
- Pai Aon, como vai? - Becky olhava nossa interação em silêncio.
- Estou bem pequena. Entra, o jantar está quase pronto - desfez nosso abraço e deu um passo para o lado para que eu entrasse.
- Claro - entro e sinto a becky me encarando mas não olho para ela - Obrigada por me convidar pai Aon.
- Você é sempre bem vinda em nossa casa pequena - fechou a porta atrás de si e disse - Onde estão seus amigos?
- Eles não puderam vir hoje, mas quem sabe outro dia - olhei para Becky e a mesma desviou o olhar e foi para outro cômodo da casa.
- Acho que depois desse jantar a Becky nunca mais vai querer olhar no meu rosto - disse Aon com um semblante triste se aproximando de mim.
- Você sabe que o que fez foi para proteger ela - disse e coloquei minha mão em seu braço para passar conforto - Ela vai precisar sim, ter um tempo para digerir isso, mas depois, você vai ver que isso vai aproximar mas vocês.
- Tenho medo da Becky não se sentir segura na própria casa, Freen.
- Eu entendo, mas acho que toda essa situação não se compara à minha - me lembrei da morte do meu pai e senti meus olhos arderem.
- Sinto muito pequena - me deu um abraço apertado - Seu pai era um homem muito bom, mas morreu de forma injusta. E você tem razão, a Becky não passou e nem vai passar pelo o que você passou. Mas não significa que não seja difícil para ela também. - desfez o abraço - Vocês vão precisar uma da outra daqui pra frente, com antigamente, eu sinto isso.
- Também sinto pai Aon, mas acho que vou precisar ganhar a confiança da Becky novamente.
- Você consegue. Agora vamos que eu já estou com a barriga roncando. Vamos.
- Vamos - rimos e Aon me guiou até a mesa de jantar.
A mesa estava repleta de comidas típicas da Tailândia. Tinha: Pad Thai, Tom Yum, Som Tum, Khao Pad e Curry Massaman. A Becky já estava sentada em uma das cadeiras ao redor da mesa.
- Oh meu Deus, Freen! - Mãe Phon diz assim que entra na sala de jantar - Quanto tempo eu não te vejo - vem na minha direção e me dá um abraço rápido.
- Eu também, mãe Phon.
- Nossa você cresceu muito. Vamos, sente - apontou para uma cadeira ao lado da de Becky - Como está sua mãe? Nunca mais falei com ela.
- Ela está bem, ainda um pouco abalada pelo que aconteceu, mas está melhor que antes - me sentei ao lado da Becky.
- Que bom. Ela veio com você para o Brasil? - Phon e Aon, se sentaram do outro lado da mesa, ficando de frente pra mim.
- Não, ela quis ficar na Tailândia - uma mulher de avental entrou na sala com uma garrafa de vinho e duas taças e outra entrou com uma jarra de suco.
- Entendi - a mulher colocou a taça na frente dos pais da Becky e serviu ambos - Obrigada Mee - agradeceu e a mulher se retirou - Onde estão seus amigos Freen? Achei que os veríamos hoje.
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Graças a Você
LobisomemBecky é uma adolescente de 17 anos que tem sua vida mudada após ser mordida por uma lobisomem chamada: Freen Sarocha. Agora, além de lidar com sua nova vida, tem que lidar com os seus sentimentos pela sua alfa, que descobre estudar na mesma escola q...