PRIMEIRO LIVRO DA SÉRIE: DONOS DA MÁFIA | MOB OWNERS
𝓡𝓸𝓶𝓪𝓷𝓬𝓮 𝓓𝓪𝓻𝓴 | em andamento
Katerine Lawrence sempre foi a personificação da perfeição aos olhos de todos. Sem erros, sem defeitos, sem a escuridão que os cercavam.. perfeita.
Nascida...
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|eu sinto sua falta mais que tudo nessa vida, e se você não pode estar perto de mim sua memória é êxtase Justin Bieber - Ghost
Eu nunca tive amigos.
Corrigindo, não tive muitos amigos. Sempre preferi ficar nos meus computadores, livros e receitas. Mas, na adolescência, eu tive 4 amigos.
Clarissa Rossi, Pietro Rossi, Mike Macal e Antonella Jones.
Estudávamos na mesma escola preparatória para filhos da máfia. Estávamos sempre juntos nos intervalos entre as aulas, íamos na casa um dos outros, sempre juntos.
Até não estarmos mais.
Nesses anos perdemos o contato - por motivos óbvios e mentirosos, afinal quem que iria querer ficar perto da assassina do filho do Dom?
A resposta é: Ninguém.
Eu também tive três melhores amigos.
Aaron Rossi, Pietro Rossi e Alexander Rossi.
Eram eles meus confidentes, as pessoas que eu contava tudo. Todos meus segredos. Eles sabiam de tudo, assim como eu sabia dos deles. Não deixávamos um detalhe de fora. Era quem éramos.
Mas com o tempo, isso mudou. Eu ainda sabia todos os segredos deles, mas eles não sabiam mais os meus.
Porque assim como fiz com todos, eu comecei a guardar segredos deles também.
Contava apenas o básico para não desconfiarem, e às vezes, ainda tinha que inventar alguma coisa.
Mas isso nem foi o pior.
Eu me sentia mal por isso, me sentia culpada. Por que, bem, eu sentia que a culpa era minha.
Com o tempo ficou mais fácil fazer isso, sabe, esconder as coisas deles. Mentir.
Mas com Aaron não. Não, ele sabia de tudo. Para ele, eu contava absolutamente tudo. Com ele eu podia apenas ser eu mesma, sem reservas. Ele sabia de ponta cabeça, de trás para frente todos os meus segredos.
Por isso éramos iguais, tínhamos a mesma faceta. Da mesma forma que eu guardava segredos, ele também.
Os mesmos segredos.
Ou era isso que eu pensava a cinco anos atrás.
Um mês antes dele morrer eu lhe fiz uma pergunta.
"Aaron, você está escondendo alguma coisa de mim? Nós não temos segredos, então por favor, me fala."
E eu esperei. Esperei que ele me contasse o que estava acontecendo. Esperei que ele me falasse; não, KitKat, não estou escondendo nada de você.
