28| Inferno pessoal

111 11 0
                                    

Flashback - Passado de Katerine

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Flashback - Passado de Katerine

|eu nasci em uma tempestade de trovões
eu cresci do dia para a noite
eu joguei sozinha, joguei por conta própria
Sia - Alive

em algum lugar na Rússia…

Meus dentes batiam um no outro descontroladamente por conta do frio.

Tentei, em vão, mexer minhas pernas. Tentando encontrar algum tipo de calor. As malditas correntes me impedia de fazer qualquer movimento.

— Acho que ela não vai falar mais nada hoje – o homem falou mais a frente na sala.

— Foda-se, de um jeito nisso. Mal saíram duas palavras da boca dessa сука. – o forte sotaque russo fez meu estômago embrulhar em  desgosto. Malditos sejam.

quando eu sair dessa merda, eles vão pagar.

— Liga a arma de choque novamente, ela não daqui até segunda ordem.

O exato momento em que desliguei. Entrei em uma memória guardada com muito carinho no fundo. Quando levei minha consciência para outro lugar, apenas para diminuir a dor.

Essa é a única solução. Aguentar essa dor até tudo acabar. Ate eles decidirem que não sou util suficiente e resolverem me matar.

Enquanto isso? Eu gravei em minha mente cada traço do rosto desses inúteis. Vou destruir todos um por um.

— ИДИ НА СЕБЯ – Meu grito ecoa por toda a sala enquanto as ondas de choque me atingem.

Sem mais forças para lutar neste momento, deixo ser levada pela escuridão que me segue a tantos dias. A única que tem, de fato, me ajudado nesse inferno.

[...]

Sou jogada de um lado para o outro dentro dessa enorme lata que me colocaram. A cada semana que passa, eles mudam o tipo de tortura. No começo era sempre a mesma coisa, até que perceberam o quão facilmente eu estava me acostumando com ela e conseguindo levar a dor tão facilmente.

Russos. Eles conseguem ser bem criativos quando querem.

Minha cabeça bate com força em uma pedra quando eles abrem abruptamente a tampa da lata, meu corpo molhado de xixi - não o meu - cai contra pedras e alguns vidros. A ardência me atinge com força quando os cortes começam a abrir.

Nesse ponto, a dor já não é bem vinda.

— решил открыть рот? – Um dos soldados me dirige a palavra. Resolveu abrir a boca?

Nem mesmo esperando minha resposta, ele desce um chicote em minhas costas nua.

Nem se eu tentasse falar, eu conseguiria. Minha garganta está tão seca que dói puxar uma longa respiração. Eles se certificaram de me deixar sem qualquer tipo de líquido, restando apenas minhas próprias lágrimas para tomar ou, chegar ao extremo e beber minha urina.

Ainda estou aguentando, mas neste momento estou perdendo as esperanças de que sairei daqui viva. Para não me perder totalmente, para ter algo com que distrair a mente, comecei a usar meu sangue como lápis para marcar os dias que estou aqui. De acordo com as minhas contas, já fazem cinco meses.

Cinco fodidos meses dessas torturas sem fim, onde eles fazem do meu corpo o quadro deles. Me pintando não só com suas torturas físicas, como também psicológicas.

Eu estou caindo cada vez mais fundo nesse poço, sem qualquer tipo de força para me ajudar.

Talvez eu ainda tenha esperança de que alguém vai jogar uma corda para mim. Que aos poucos, eu vou escalando até sair completamente daqui.

Eu não posso deixar minhas esperanças morrerem, mas, com o rumo que as coisas estão tomando, fica até difícil.

— скажите что-то – A minha esquerda outro soldado aparece, um soco inglês em sua mão.

— Никогда. – Minha voz sai fraca, rouca e baixa no silêncio da sala. Seu punho acertou meu rosto com mais força do que imaginava, sangue explode para fora da minha boca. Meu cabelo é puxado com força para trás, então estou de joelhos em cima das pedras e dos vidros. Olhando para meu corpo, vejo pequenos pedaços brilhantes grudados em meus seios - nus - e em toda minha barriga. Sangue pinga de meu queixo para meus joelhos. Minha pele antes branca, agora vermelha carmesim.

— Ты умрешь медленной и мучительной смертью. – As palavras dele se infiltram com dificuldade em minha cabeça, minha mente cega pela dor que se espalha pelo meu corpo, o cheiro horrível de urina impregnado em mim. Você terá uma morte lenta e dolorosa, foram as palavras dele.

— дай мне самое худшее – me de o seu pior.

O ar de meus pulmões é drenado quando um par de punhos começa a acertar meu corpo. Cinco, dez… Vinte vezes seguidas.

Deixo minha mente se concentrar apenas em uma dor; a do chicote ainda acertando todas as partes do meu corpo.

É onde menos doi.

[...]

— Ela está a ponto de morrer, vai ser bom para os negócios.

Sangue.

Passei a adorar seu cheiro, já tão familiar para mim.

Um balde com sangue e restos de corpos humanos é jogado em minha cabeça. A bile sobe instantaneamente, me fazendo vomitar por todo meu corpo.  As cordas me impedem de movimentar ele… e minha cabeça também.

Uma mão gelada começa a subir por minha perna, quase chegando no meio de minhas coxas.

Por favor, não.

Por favor, não façam isso.

— Услышим ли мы сегодня еще твои крики, Кэтрин? – será que teremos mais de seus gritos hoje, Katerine?

Antes de entrar nessa sala eu nao fazia ideia, mas a tortura de verdade nem tinha começado.

Antes de entrar nessa sala eu nao fazia ideia, mas a tortura de verdade nem tinha começado

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Esse capítulo...

Katerine é uma verdadeira arma. Forjada sob o fogo do inferno, construída pelo próprio Lúcifer.

Destrua me - Livro 1 Da Série: Donos Da Máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora