32| Almas condenadas

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Passado - 19 anos

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Passado - 19 anos


quanto estrago uma mente perturbada pode fazer?

Nós imaginamos muitas coisas. 

Assassinos; Como eles conseguem ter tanto sangue frio, ao ponto de matar uma pessoa sem pensar uma segunda vez? Suicidas; O que eles passaram ao ponto de tirarem a própria vida? Médicos; Como eles conseguem abrir o corpo humano, e até mesmo ver tanto sangue sem… Vomitar ou ficar com algum tipo de peso na consciência?

Nós que estamos do lado de fora, sempre fazemos as mesmas perguntas. Como eles conseguem? Mas, quando se está do outro lado da moeda, o mundo é diferente. As perguntas são diferentes.

Todos nós passamos por alguma merda.

Observo da porta os inúmeros corpos sem qualquer resquício de vida no chão, sangue se espalha por todo chão e parede.

— Eu preciso de voce. – Foram as únicas palavras que saíram da minha boca quando peguei o telefone e liguei para o número que já tinha decorado.

Então novamente, eu pergunto; Quanto estrago uma mente perturbada pode fazer?

Muito, é a resposta que procuramos.

Em uma incansável busca, pelas respostas certas. Pelas perguntas certas.

Num mundo onde o sol deveria brilhar unicamente, onde, seu brilho e apenas seu brilho deveria nos cegar, nos vemos cegos e atraídos pela escuridão. Ela, na maioria das vezes, nos trás mais adrenalina, mais vontade de fazer as coisas acontecerem.

O "oposto" da luz, como muitos dizem, nos faz fazer loucuras.

Nos fazem loucos.

Como eles dizem.

Ou talvez, ela apenas mostra nossa verdadeira face. Quem nós nascemos para ser; Mentes perturbadas e perturbadoramente únicas.

Dois lados da moeda, dois polos opostos, que se atraem gradativamente.

— Achei você… – são as últimas palavras que deixo escapar dos lábios do homem à minha frente, antes de afundar minha adaga em seu pescoço. O sangue respinga pelo meu rosto, escorrendo como a água da chuva.

O som dele se engasgando é como música para meus ouvidos. 

Retiro a adaga de seu pescoço lentamente, sugando seu último resquício de vida.

A vida é tão curta - penso. - tão curta, e mesmo assim, muitos não a vivem da maneira certa. Com medo do que as pessoas podem pensar, ao mostrar sua verdadeira face. Seu verdadeiro eu.

Lentamente, uso o bisturi que tenho guardado no meu bolso para tirar seus globos oculares, deixando para trás um buraco vazio e oco, onde um dia foram seus olhos.

Destrua me - Livro 1 Da Série: Donos Da Máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora