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— Sargento, temos um caso — disse Jay, com aquela seriedade característica — assalto em um banco.

— Vamos — Hank disse e nos levantamos da mesa — Antônio e Liza vocês são parceiros agora.

Caminhei até o carro com o detetive Dawson, adentrei ao banco de passageiro a frente enquanto ele dirijia. Olhava para janela e sinto seu olhar sobre mim

— E então, de onde você veio? — Dawson perguntou desviando seu olhar da rua.

— Washington — Respondi rápido sem dar muita importância a ele, me concentrando nas ruas de Chicago.

— E oque fazia lá antes de vir para Chicago? — Não respondi, apenas me concentrava nas ruas.

Esse detetive pensa que vou sair contando da minha vida por aí como se fosse uma consulta com um terapeuta, logo eu?

— Você é quieta, se estiver com vergonha está tudo bem — Dei uma risada falsa e o mesmo me encarou

— Não sou calada detetive, só não tenho nada para te dizer. — Ele engole um seco e continua dirigindo. Já vi que esse coisa de inteligência, equipe nova, um parceiro curioso, vai me dar um trabalho.

Ao chegarmos, sair do carro rapidamente deixando o detetive para trás, indo até os outros, com vítimas em pânico e corpos no chão. Eu, Hank, e o resto da equipe, começamos a olhar ao redor a bagunça que estava.

— Oi, sou Kim Burgess — a patrulheira se apresentou — Essa é minha parceira Julie Tay

— Liza Meyer  — apertei a mão de ambos e Burgess encarava minha dog tag  —  E então? — ela se constrange e sua parceira explicava sobre o roubo.

— O roubo foi feito por profissionais. — A patrulheira dizia enquanto adentrarmos  ao banco — Esses caras sabiam o que estavam fazendo. E não era apenas por  dinheiro.

— Soube que foi a mesma gangue que assaltou o Banco Leumi semana passada — Adam comentou se aproximando

— Só se tiverem mudado o nomes, aquela gangue pegou 30 mil da gaveta do caixa — Burgess respondeu — essa roubou dois e seiscentos milhões de dólares

— Mas, os bancos não guardam dinheiro assim, só uns duzentos mil no máximo — Erin caminhava ao lado da patrulheira evitando contato visual comigo.

— Pois é, mas pegaram o dia que ele tava bem cheio.

Ao adentrar o banco, observei cada detalhe, cada canto da cena, comecei pelas cápsulas de bala no chão, analisando a dispersão. Não pareciam disparos aleatórios; havia uma precisão militar ali. O tipo de ordem que você não esperaria de criminosos comuns.

Meus olhos passaram pelas vítimas. Não eram apenas pessoas apanhadas no fogo cruzado; parecia que eles foram selecionados, como se os assaltantes soubessem exatamente quem procuravam. As vítimas estavam todas em pânico e havia dois corpos no chão. Os dois corpos perto do gavetão onde fica o dinheiro, ambos são homens.

— Peguem depoimentos, verifiquem as câmeras de segurança, quero saber o que aconteceu aqui. — Hank ordenou, olhando para a bagunça ao nosso redor.

Antônio e eu nos aproximamos da mulher, uma conhecida vizinha, agora abalada pelo que testemunhou. O medo estava estampado em seu rosto enquanto tentávamos obter informações.

— Oi, meu nome é Liza — me aproximei da garota loira em minha frente — esse é o detetive Antônio Dawson, sei que você está apavorada, mas podemos conversar um pouco sobre o que aconteceu aqui?

— Eu não vi muito, sabe? Eles chegaram, gritaram, e todos ficamos no chão — Ela estava claramente nervosa, parecia incapaz de responder, presa em seu próprio medo.

𝐒𝐂𝐀𝐑𝐒 - Aɴᴛᴏ̂ɴɪᴏ DᴀᴡsᴏɴOnde histórias criam vida. Descubra agora