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Após o momento tenso no distrito, Voight insistiu, com um tom de voz calmo, que todos fossem para as ruas em busca da garota desaparecida. Saímos em equipes, percorrendo as ruas de porta em porta, esquina em esquina, numa busca frenética pela jovem desaparecida. Atwater e Ruzek foram buscar mais informações em uma loja de bebidas na rua quinze com a Laramie, felizmente conseguiram, e agora estamos em busca de um tal de Michael Hudson. Em frente à casa dele, enquanto Adam passava os dados do Michael, arrumamos nossas armas e coletes para invadir a casa. Ao entrarmos, abordamos três homens que estavam ali.

— Cadê o Hudson? — Hank perguntou, com sua arma na testa do homem.

— Ele... No banheiro — gaguejou o homem, e Voight, eu e Halstead caminhamos até o banheiro enquanto os outros ficavam com os três.

— Polícia! Não se mexa! Coloque as mãos onde eu possa ver — Jay gritou, e o homem permaneceu imóvel.

— Fala sério! — Ele estava numa banheira com um pano azul na cabeça assistindo TV.

Hank pegou a televisão pelo fio e se aproximou da banheira com sua expressão séria, perguntando a ele sobre Sarah.

— Cadê ela? — Perguntei novamente, apontando minha arma para ele, e o mesmo se fez de desentendido.

— E esse cara, você viu ele? O detetive Halstead mostrou a foto de Nathan Ward para ele.

— É, eu vi esse cara — Hudson confirmou enquanto levantava suas mãos em rendição — Veio comprar heroína, tá?

— Coloca uma roupa — Hank disse a Michael e saiu.

— Meus olhos agradecem — Sussurrei e saí também.

Após o indivíduo se vestir, levamos ele para o distrito. Hank e All o conduziram para a sala de interrogatório. Enquanto isso, fui até a salinha para pegar um pouco de café, por enquanto é o que meu estômago aceita. Encostei no armário refletindo no que Hank me disse, será mesmo que eu preciso procurar um profissional? Será que ele tem razão? Não, não mesmo eu vivo com isso por anos, não preciso de ajuda de ninguém, eu sei me cuidar e não quero envolver ninguém nos meus problemas, preciso enfrentá-los sozinha.

— Pelo visto, hoje você decidiu ficar só no café — Antônio se aproximou pegando um pouco de café para ele também. Definitivamente é impossível ter cinco minutos de sossego nesse lugar.

— É a única coisa que desce — disse sem dar tanta importância pra ele.

— Sei que não é da minha conta, mas sobre você e a Erin. Oque tá rolando? Eu só quero ajudar, você é minha parceira não posso confiar em alguém que não se abre

— É uma escolha sua detetive, se quer saber eu não me importo — bebi meu café ignorando seu comentário, mas o detetive não desistiu.

— Você é durona, não se abala simplesmente. Mas, é nítido que você está chateada com tudo isso. Um dia você e a Lindsay estão aos beijos no outro, então em um pé de guerra. Eu não quero me intrometer na sua vida, Só quero que confie em mim, somos colegas de trabalho e parceiros, aqui sempre cuidamos uns dos outros.

Quando entrei na Lioness Jack, uma vez me disse isso e foi isso que todos fizeram durante esses anos cuidaram de mim e me trataram como família.

— Eu sou uma caixinha de problemas, não vale a pena. — Disse e desviei meu olhar para a xícara de café

— É claro que vale, nos conhecemos há poucos tempo. Eu sou um bom ouvinte se precisar de um — Sorri gentil para ele, eu não preciso começar outra guerra — Bate aqui — Esticou seu punho e o encarei sem entender —  De qual planeta você veio? Já sei, você é um E.T que se teletransportou paga a terra e está fingindo ser uma policial —  Não escondi minha risada de seu comentário bobo

𝐒𝐂𝐀𝐑𝐒 - Aɴᴛᴏ̂ɴɪᴏ DᴀᴡsᴏɴOnde histórias criam vida. Descubra agora