Capítulo 2 - Ilusões reais: parte 1

26 6 40
                                    


Capítulo 2 - ilusões reais: parte 1: a chamada

Cafe aurora

        Minha visão ainda não havia retornado completamente conforme o doutor me ajudava a levantar do chão. Me seguro firmemente em seu braço, sem conseguir estabilidade o suficiente com meus olhos desfocados.

        — Ágata, você está bem? – ele pergunta novamente, estralando os dedos em frente a minha face, provavelmente eu busca de descobrir se algum sentido meu havia sido comprometido

        Conforme a batida, dou leves piscadas no ritmo, acompanhando a mudança perceptível em minha visão, os sussurros sibilados se tornando cada vez mais distante conforme meus olhos voltam a se adaptar a está realidade qual estou acordado.

        — Você pode andar? Eu te ajudo a sentar.

        — Relaxa – Me solto dele, piscando pela luz forte – eu posso me sentar sozinho.

        Tentando provar minha resiliência, endireito as costas, dando alguns passos longos demais para meu estado atual. Antes que eu pudesse cantar minha sorte, meus joelhos falham e eu tropeço para os lados, sendo impedido de cair pelos braços do Krause. Mal tenho tempo de analisar meus sentimentos antes de ser colocado sentado em uma cadeira próxima. Ele examina meu rosto.

        — Deixe eu dar uma olhada em você...

        — Se eu disser não, você vai fechar os olhos? – pergunto, mal humorado pela minha fraqueza.

        Ele apenas me lança um olhar analítico, de quem vai ignorar tudo oque eu disser e fazer o completo oposto. Bufo, cruzando os braços.

        — Você é chato pra caralho, sabia disso?

        Tento me afastar, observando enquanto ele tenta soltar meus braços para segurar meu pulso. Evito estremecer. Ele segura minha mão gentilmente, pressionando dois dedos sobre minha veia, medindo minha pulsação. O lanço um olhar cortante. Enquanto o amaldiçoou mentalmente, ouço a voz de Nara atrás de mim, ao observa-la percebo seus olhos na mão de Victor em meu pulso.

        — Ágata, o que aconteceu? Oh... – apesar da clara preocupação, consigo entender a implicação por trás da sua exclamação. Um homem tão próximo só poderia significar uma coisa para Nara.

        Faço uma careta pra ela, negando levemente com a cabeça.

        — Foi uma fraqueza temporária  – O doutor responde.

        — Relaxa – abano uma das mãos – você não vai me ver morta tão cedo – Nara aparenta inconformidade.

        — Prazer! – ela passa por cima de mim, movendo sua mão – Sou Nara, amiga dessa idiota – a lanço um olhar feio.

        — É um prazer, Nara – Krause aperta sua mão – Victor.

        Ela o avalia e, a julgar por seu sorriso e do olhar significativo, percebo que não vou conseguir fugir das suas perguntas como gostaria.

        — Victor, você poderia trazer uma bebida para ela? – Nara bate com suas mãos em meus ombros, impedindo minha fuga.

        — Claro. Já volto.

        O observamos seguir até o balcão, esperando até que estivesse a uma distância considerável de nós.

        — Ele saiu. Comece a falar agora mesmo! Quem é esse cara bonito?

Lunescape Onde histórias criam vida. Descubra agora