Capítulo 2 - ilusões reais: parte 2

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Capítulo 2 - ilusões reais: parte 2: sonhos de amor

Hospital, consultório do Victor

        É estranho como a proximidade de uma pessoa confiável mas que te lembra tanto uma pessoa ruim pode atrair mais ansiedade do que deveria. Enquanto conto as manchas das paredes, espero o doutor terminar suas análises para me informar o resultado. Pela primeira vez, vejo insegurança em seu rosto

        — Para ser sincero, Ágata, esses resultados me confundem...

        — O que você quer dizer? Você não é um especialista?

        — Isso deve ser um erro! – Exclama.

        Ele lê novamente os papéis depositados em sua mesa, tentando encontrar uma falha que não existia. Ele então vira a cabeça e coça a nuca em descrença.

        — Diz... hum.

        — Fala de uma vez, cara.

        — Seus resultados são semelhantes aos resultados que as pessoas em coma têm.

        Ah. Era essa a característica que os Acordados não poderiam saber.... Fodeu.

        Rio de forma nervosa demais para se assemelhar a um ato confuso.

        — Isso é impossível!

        — Os seus resultados e os do Logan são quase idênticos. Mas você está bem na minha frente, bem acordada! Eu não entendo...

        Suspiro.

        — Doutor Krause, eu não queria dizer desta forma mas eu tô em coma. Meu espírito saiu do corpo pra te assombrar e pedir que me acorde.

        — Isso não é engraçado, você pode ter sérios danos cerebrais! – solto um peido com a boca.

        — Relaxa, não é nada tão ruim.

        Ele me encara, exasperado. A única forma que encontro de não deixar óbvio que estou escondendo algo é contornar o assunto de forma controversia e irritante.

        — Sem estresse, cara. Eu tô bem! Talvez só não estivesse calmo o suficiente.

        — Também considerei o fato de que você e o Logan são irmãos...

        — O que não faz sentido porque não somos siameses, sem contar que ele é meu meio irmão.

        — Eu não sabia disso... – sua expressão muda para uma menos nervosa – Eu gostaria que você me contasse mais sobre isso.

        — É uma longa história... Eu gostaria de ver o Logan agora.

        Ele parece decepcionado.

        — Claro.

        Saio da sala, deixando o Krause concentrado em seus resultados.

Recepção do hospital

        Olho confuso para a forma correndo em minha direção do fundo do corredor.

        — Ágata! Eu estava te procurando.

        — Eu... – aponto em direção ao consultório, mas que da minha localização não é possível ver, logo, estou apenas balançando o pulso sem objetivo – Nara oque está fazendo aqui?

        — Fiquei preocupada e quis ver se você estava bem.

        — E por que não foi com a gente no carro dele? – ela me lança um sorriso conspiratório. A olho feio – Você não presta.

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