Capítulo 2 - Ilusões reais: parte 5

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Capítulo 2 - ilusões reais: parte 5: Poeira estelar

Minha casa

        Era manhã quando eu acordei, me sentindo estranhamente revigorado considerando as situações que se seguiram em Lunescape. Estremeço involuntariamente. Olho para todas as sombras do meu quarto, temendo que quem quer que estivesse nos observado poderia viajar para o mundo real também. Respiro fundo, tentando não pensar nisso, reconhecendo que nunca tive os mesmos pressentimentos em Lunescape quando acordado

        Corro para tomar banho antes de ir a biblioteca, me sentindo estranhamente grudento, tento não tropeçar nos móveis enquanto escolho uma roupa e levo ao banheiro.

        Ainda era difícil calcular o tempo em Lunescape equivalente ao mundo real. Eu me sentia em uma constante viagem a outros países sem nunca entender como o fuso horário funciona mas sentindo as consequências o tempo inteiro.

        Pego meu celular para ver as horas e encontro uma mensagem de Ash — que eu nunca teria percebido já que meu celular está no silencioso desde que eu tirei da caixa.

O amigo do meu irmão 🙄
Acabei de acordar|
Te encontro na biblioteca daqui vinte minutos|
👍😎|

        Eu tinha esquecido que tenho o número dele.

[Você renomeou esse contato para "só falta a coleira 🐕"]

Biblioteca da universidade

        Indo contra tudo oque nos foi ensinado desde o ensino médio, a biblioteca da universidade estava sempre cheia. Lotada de alunos correndo para estudar para provas, concluir trabalhos e planejar seu TCC. As vezes eles se encontravam nos fundos para chorar o desastre que seriam suas notas e planejar seguir a carreira de prostituição como plano B. Hoje, porém, ela estava completamente vazia.

        Olho os arredores enquanto me sento em uma mesa mais afastada, passando minha grade de aulas pela minha mente, tentando me lembrar de alguma aula importante que eu estaria perdendo no momento, sabendo que meu professor puxaria minhas orelhas por ter faltado. As vezes eu me arrependia de ter feito amizade com eles por esse simples fato, pra que mãe quando se tem seus professores que fazem a mesma coisa e por menos tempo.

        O silêncio, tal como minhas divagações, são interrompidas pelo som de passos ecoando pela grande sala. Não os reconheço, o barulho irritante de bexiga sendo pisada não sendo familiar para mim. Sei que não é Ash, os passos dele são firmes, mas suaves, enquanto o dessa pessoa segue um padrão de passos e é irritante.

        Estava pronto para mandar mensagem para o Ash quando um toque no meu ombro me fez dar um salto, me virando de súbito para a pessoa que me tocou.

        — Oi, Amélia.

        — Doutor Krause?

        Ele puxou uma cadeira ao meu lado. Me afasto por instinto.

        — Eu estive procurando por você em todos os lugares.

        — O que você está fazendo aqui?

        — Desculpa por aparecer tão de repente.

        — Você não curte muito respostas direitas, né? – ele ri – e isso é uma biblioteca pública, por que pediria desculpas por vir aqui? – deveria pedir por me incomodar. Penso. Não falo.

        — Da última vez, no hospital, quando tentei te confortar, você não me deixou chegar perto de você. Por isso me perguntei se seria bom vir aqui.

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⏰ Última atualização: Jan 10 ⏰

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