3 semanas depois ...
Letícia...
Já era bem tarde da noite, quando bateram na porta da minha casa apesar de ser tarde eu estava fazendo faxina na casa, minutos atrás eu estava falando com a Elisa e ela estava brigando comigo dizendo que não posso ficar fazendo esforço mas não dou conta de ficar nunca casa toda bagunçada, voltando ao assunto da porta... como eu era a única sozinha na sala, fui atender.
Coloco a vassoura em qualquer lugar e vou até a porta abaixando meu shorts super curto.
Abro a porta e me assusto com a figura da minha irmã parada na minha frente com um sorrisinho, o mesmo sorriso cínico e falso de sempre.
Annie: Deixa eu...- ela entra na minha casa sem ser convidada, bato a porta e assim que ela ver minha cara de bolada ela para e sorri sem graça.
- O que você tá fazendo aqui?- encaro Annie, a porta abre e a minha mãe aparece- ótimo essa porra virou o quê? Bagunça? - encaro as duas, as duas ficam em silêncio e eu cruzo os braços impaciente.
Andréia: só viemos falar uma coisa- ela diz tentando se manter a pose de rígida , mas não cola comigo mais, eu graças a Deus sai da casa dela e não preciso aguentar as humilhações dela.
- Que coisa?- descruzo os braços.
Annie: Você já pode voltar pra sua casa, lá não é mais a mesma coisa sem você- ela me olha séria e eu dou uma risada nervosa.
- Para ser tratada igual cachorra de novo por vocês duas? - elas ficam caladas - não obrigada eu tô bem na minha casinha.
Andréia: sabemos que seu amigo morreu - encaro ela seria. - só queríamos dizer que sentimos muito, e a nossa casa sempre estará aberta pra você.
- agora né mãe? Quando você mim expulsou de casa você não disse isso, pelo contrário mim humilhou mas hoje eu tô nem aí, construi todas as minhas coisas e vou ter meu filho e vou cuidar dele muito bem, longe de qualquer pessoa que não queira meu bem.
Eu me lembro até hoje dela mim humilhando e mim colocando pra fora de casa, pra lá não volto nem pagando.
Tá certo que eu errei, eu fui fazer visita íntima pra um bandido na cadeia, mais isso não era motivo dela fazer o que fez comigo.
Muralha aparece e minha mãe e minha irmã ficam branca.
Depois do dia da invasão eu nunca mais falei com ele, com razão né ? Ele não deixou eu ver meu amigo pela última vez.
Muralha: Colfoi? Mete o pé as duas, quero levar um papo com a Letícia- ele olha pra mim de cima a baixo e eu sorrio fraco.
- Te manca cara - murmuro passando por ele.- quando vocês saírem fecha a porta-digo baixo quando passo pela minha mãe e pela minha irmã.
Saio de casa sem rumo, não quero falar com o Muralha, ainda tô chateada com ele.
Sento no banquinho da Praça e fico olhando o nada.
Alguns minutos depois o muralha aparece, respiro fundo.
Muralha: Tá na nóia fia? Porque saiu daquele jeito? - ele fala com a voz grossa.
- Não estava aguentando o ar tóxico de algumas pessoas.- digo baixo e ele sorri de lado sentando do meu lado.
Muralha: tá brava por causa daquilo ainda?
- sério muralha, não sei pq você ainda tá falando comigo - tiro o cabelo do rosto e olho pra ele.
Difícil é resistir a essa beleza natural dele, muito gostoso.
Encaro ele com o fuzil atravessado no corpo, cara fechada , boné enterrado no rosto dificultado a visão dos olhos dele, cordão de ouro brilhando no pescoço, todo gostoso.
Muralha: Qualé, aí tu vem pra praça ficar sozinha aqui?- ele franze a sobrancelha direita na minha direção.
- o quê que tem cara?- ele dá de ombros.
Muralha: Nada, mim diz você- sorrio e ele também ri me deixando surpresa.
Fico encarando ele por mó tempão, ele percebe e olha pra mim descendo o olhar pra minha boca, engulo a saliva e ele para de olhar.
Muralha: Quer uma foto?
- você quer uma da minha boca também?- murmuro ainda desconcertada e envergonhada também.
Muralha: quem tava aí babando em mim primeiro foi tu, depois mando uma foto minha pra tu ficar vendo.- nego sorrindo.
- Você brinca muito- falo encarando a luz fraca do porte.
Última vez que eu falei com o muralha foi aquele dia , depois disso a gente se via mas nem se falava.
Se pá fazia de conta que nem se conhecia.
E agora tamo aqui, trocando palavras, na maior paz.
- Sabe de uma coisa?- olho pra ele que devolve o olhar molhando os lábios. - Eu quero te beijar agora- digo vendo um sorrisinho no canto da boca dele.
Muralha: então beija novinha - puxo ele pela nuca e cubro sua boca com a minha.
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L E T I C I A 💋 ( CONCLUÍDA )
Teen FictionEU: Ele disse que não quer me vê mais.- digo chorosa, alisando minha barriga. - Mandar você pra ficar com o muralha foi mancada, sério mermo, vou te mandar o papo reto, escuta e me obedece. tu vai vai apagar o Muralha da tua mente, vai tacar o foda...