L E T I C I A 💋 ( CONCLUÍDA )

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Anna Lopes↗✨

Leticia:  você tá bem?- perguntou colocando a mão no meu ombro, sorriu leve tentando passar algum conforto.

- podia estar melhor. - comentei baixo, eu não queria pensar muito sobre o que acabou de acontecer. BN não merece o mínimo do meu respeito, mas mesmo assim eu tenho muita paciência com ele, paciência que esteve por um fio.

Eu só quero que ele tenha no mínimo um pouco de consideração pela filha dele, eu nem digo por mim, eu não ligo pro que ele faz, nem o que pensa sobre mim, sete anos juntos, isso explica tudo, pelo visto o que eu mais tinha medo de que acontecesse, acabou que acontecendo.

Pela primeira vez dentre estes sete anos, hoje foi o dia que eu senti que não vou conseguir suportar o BN pelo resto da minha vida, enjoei dele, cansei de ser tratada de qualquer forma, como se eu fosse uma mulherzinha qualquer, eu sou muito mulher e vou  provar isso pra ele.

Letícia: Não devia deixar as coisas que ele fala te abalar.- me olhou nos olhos, reviro os olhos.

- Como se fosse fácil. - levantei da cadeira.

Ela suspirou e jogou os ombros pra trás arqueado a sobrancelha.

Letícia :  Desculpa, não quis intrometer, eu só queria ajudar.

Virou pra saí dali, mas fui rápida segurando o braço dela, suspirei soltando o braço dela.

- Desculpa não quis ser grossa. Eu só não sou acostumada com Pessoas se importando comigo.

Letícia: bom então somos duas -sorri - eu tenho uma irmã chata, uma mãe que trabalha muito e um ex-namorado que me traía. - fez careta sorrindo fraco - geralmente pessoas não se importam comigo, mas eu nem ligo, isso mostra que sou forte o suficiente para se importar comigo mesmo, isso serve pra você também. - riu. - ainda bem que você tem a sua filha, ela com certeza se importa com você tenho certeza.

- Obrigada. -sorrio. -o que acha de darmos o fora daqui?

Letícia: poxa, tu leu meus pensamentos.

-Então vamos. - segurei na mão da minha filha e depois segurei a mão dela também.

Tem muita gente, a praça tá lotada.
Fui passando pelas pessoas, Lê me acompanhava meia atrapalhada com os olhos arregalados.

Ela parece uma gatinha assustada.
É fofa, gostei de está com ela, ela é legal, diferente de muitas garotas.

Quando chegamos fora da praça, e estávamos mais afastada da multidão Lê soltou minha mão e respirou aliviada.

Lê: Me lembra de nunca mais vim em um lugar desses.

- Não seja exagerada, nem parece que você é daqui.

Ela riu de lado.

Lê: Não sou acostumada com esse tipo de lugar. Eu só ia pra escola e depois pra casa, sabe como é? Da escola pra casa. - riu colocando o cabelo atrás da orelha. - mas agora nem escola.

Aquilo saiu tão triste que eu alisei o braço dela tentando passar algum conforto, Lê parecia tão inocente, tão doce e ingênua, mas ao mesmo tempo era forte.

- Que tal irmos pra minha casa e lá você me fala sobre isso, hein?

Lê: É pode ser -deu de ombros, sem dá muita importância.

Olhei para os lados e vi o BN no meio de um grupinho de homens, respirei fundo indo até lá.

- Pode levar a gente em casa? - ele me olhou de cima à baixo e concordou.

BN: pô irmãos vou ali, logo mais eu volto.

Bateu no ombro do amigo e saiu andando na frente, me ignorando totalmente, isso me machuca, de um tanto que nem sei explicar.

Mas não vou pensar nisso, pelo menos não agora.

- Pega ela pô. - bati na nuca do Bn e apontei pra neném que tava coçando os olhinhos.

Ele bufou mas pegou, resmungou que ela tava pesada, revirei os olhos não dando a mínima.

Abri a porta do nosso carro que estava estacionado em uma rua mais abaixo da praça, Lê entrou e logo mais BN colocou a minha filha deitada no banco, Lê apoiou a cabeça dela no colo, e finalmente fomos pra casa.

💬⭐❤