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Algumas semanas depois...

Hellen...

Não sabemos como é até acontecer.
Sabia que eu poderia ter meus filhos a qualquer momento, mas eu não estava preparada para ser hoje e justo agora.

- eu não vou conseguir - falo rapidamente tentando controlar minha respiração.

Letícia: amiga não é hora para pensar negativo. - escuto ela falar perto de mim, me agarro nas mãos do Leonardo e faço força para levantar da cama.

- eu preciso vestir outra roupa - falo mordendo os lábios.

Letícia me olha de cima a baixo e olha para Leonardo que sai correndo até o guarda roupa.

Leozinho: veste isso. - ele me entrega um vestido soltinho, fácil de vestir.

Enquanto me troco, meus pensamentos voam, a sensação de saber que talvez em poucas horas terei meus bebês nos meus braços é completamente reconfortante, sinto aliviada por não ter perdido meus bebês quando decidi abortar eles, eu fui irresponsável e me arrependo todos os malditos dias da minha vida.

Eu quase perdi meus filhos aquele dia, mas o sol brilhou mais uma vez pra mim, e o destino me deu uma amiga.

Letícia.

Ela está aqui depois de tudo o que eu fiz e falei para ela.

- amiga eu queria te agradecer - seguro a mão dela.

Letícia: por que está sendo compassiva comigo? - ela me olha sorrindo.

- eu não percebi naquela época, mas você entrou nas nossas vidas e mudou muitas coisas. - ela me olha com um olhar expressivo, que demostrava alegria e agradecimento.

Letícia: eu não fiz nada. - afirmou me ajudando a sair de casa e entrar no carro.

Respiro fundo olhando para frente, vejo Leozinho falando com uns meninos e depois colocando a arma na cintura, ele se vira e nos olhos se encontram dou um sorriso fraco e ele continua sério, mas eu sei que ele está feliz, finalmente hoje em dia consigo ver nele algo que não seja maldade e indiferença, e eu devo isso a Letícia.

Ele da partida e no caminho eu sinto algumas contrações, os bebês estão forçando para sair.

Agorinha filhos, só mais um pouco...a mamãe não pode dar a luz a vocês dentro de um carro.

Eu penso.

Sinto meus olhos lacrimejar pela dor que estou sentindo, mas é uma dor de felicidade.

- onde a Elisa está?

Pergunto percebendo sua ausência, ela disse que estaria comigo.

Leozinho: Elisa tá em outro corre. - sua voz grossa soou dentro do carro.

- que corre? - pergunto sem entender, porque simplesmente não fala onde ela está.

Letícia: Hellen - ela me olha habilidosa- não se preocupe com isso agora . - proferiu me oferecendo sua mão, a qual eu segurei e fechei os olhos pedindo que chegasse logo no hospital.

...

Estamos na recepção da unidade da maternidade, mas já serei encaminhada para algum quarto eu ainda não sei ao certo.

Letícia: vem amiga - olho para o lado e vejo sua mão estendida, sorrio e seguro sua mão e ela me ajuda a sentar na cadeira de rodas.

Enfermeira: a cadeira de rodas é porque você está tendo muitas contrações assim é difícil te apoiar com os braços, você ficar sentadinha aqui e não se preocupe logo você dará a luz a seu filho.

Letícia: amiga é perto normal ou cesária? - ela questionou.

- Normal amiga. - expliquei.

Enfermeira: Se é normal vou te levar  para o quarto onde o parto ocorrerá. - informou e eu apenas concordei sem dizer nenhuma palavra.

...

O meu menino já nasceu, agora só falta minha menina.

Médica: força Hellen, só mais um pouco - respiro com dificuldade. - ela não está reagindo, parece não nos ouvir.

Aperto as mãos em punhos, não consigo enxergar muito bem, minha visão está embaçada, o que tá acontecendo? Porque agora?

Médica: ela está tendo um ataque de Pânico? - escuto a voz da doutora,mas não consigo falar. - precisamos que faça força moça, seu bebê poderá morrer se não conseguir sair.

Não! Meu filho não pode morrer.

Faço força, o mais forte que consigo e escuto um choro alto.

Médica: muito bem, isso Hellen - ela fala e eu fecho os olhos.

...

Meus bebês foram levados para o berçário para fazer os primeiros exames.

Enfermeira: Hellen - abro os olhos rapidamente e vejo ela segurando meus filhos - você precisa segurar eles, os bebês tem que está juntinhos com a mãe.

- Claro. - falo com os olhos cheios de lágrimas, tanto que me impossibilitada de enxergar.

Limpo meus olhos rapidamente, sorrio e recebo meus filhos de braços abertos, o primeiro contato que tenho com eles, não quero soltar nunca mais.

Dou um beijinho no rosto de cada um e fico abraçada com eles, de uma maneira cuidadosa, a enfermeira fica para me ajudar com algumas coisas que não sei.

Identifico até uma pulseira no braço dos bebês, sorrio quando consigo ler seus nomes.

Enzo & Liz

Sorrio de felicidade.

Ainda não dá para saber como quem se parece, mas espero que seja com o Leozinho.

Falando nele, ele abre a porta e entra.

- oi - uma linha aparece entre suas sobrancelhas, encaro ele confusa.

Leozinho: eu vou querer o exame de DNA - abro a boca em choque.

- como assim? - pergunto.

Leozinho: tu tava ficando com aquele velho que a cachinhos arrumou pra você, eu não acredito que esses filhos seja meu.

- eu não acredito - falo lutando contra as lágrimas.

Leozinho: eu que não acredito porra - ele rosna. - tu vivia dando prós macho Hellen, não sou trouxa eu quero o exame.

- então manda fazer seu idiota - esbravejo - e saia daqui agora. - mando sem olhar para ele.

Leozinho: eu quero ver...- encaro ele e começo a rir.

- você mesmo disse com sua boca, você não acredita que eles sejam mesmo seus filhos então saia. - falo com desprezo.

Leozinho: é isso mermo - ele da as costas e sai batendo a porta.

Esse cara é um babaca.

Votem e comentem meus amores ❤️.

Vocês acha que os gêmeos são filhos do Léo ou não?








L E T I C I A 💋 ( CONCLUÍDA )Onde histórias criam vida. Descubra agora