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Letícia↗💜

Peguei a garrafinha de água e sentei em uma cadeira perto de uma amiga da Elisa, eu nem sei o nome dela, mas me parece uma boa pessoa, pelo menos não tem cara de metida e nem me olhou com cara de cú.
Elisa sumiu e eu nem vou julgar ela.
Bebi um gole da água e apertei os olhos, a amiga da Elisa puxou a cadeira e sentou perto de mim, junto dela tava uma menininha linda, de olhos verdes intensos.

Xxx: oi - ela disse baixo e com um sorriso simpático.

- Oi. - respondi tímida, é estranho falar com quem não conhecemos, me sinto desconfortável e boba ao mesmo tempo.
.
Xxx: Me chamo Anna, mas pode me chamar de baixinha se preferir.

- Baixinha? - sorri achando adorável o apelido, era diferente e estranho.

Anna: isso é coisa da puta da Lisa, ela quem coloca esses apelidos estranhos em mim. -sorri e eu à acompanho. - Primeiro era Anna, depois Aninha, toquinho, anão de Jardim e agora é Baixinha.

- ela tem uma imaginação e tanta.

Anna: Ô se tem viu - abanou as mãos no ar. - quando eu pensei que não podia piorar....

Me mexi tentando encontrar uma posição mais confortável, mas tudo que consegui foi fazer foi soltar um suspiro cansado e triste, já começando a achar este lugar chato, sorri vendo o quanto enjoou fácil de tudo.

A verdade e que eu estou aqui a tempo demais, está grávida tinha lá seus pontos de desvantagem.

Eu não posso beber.

Conseguem vê o QUANTO isso é chato?
O que mais se pode fazer em uma festas como está??

Eu não tenho muitas opções, na verdade eu não tenho nenhuma, eu não posso beber, não posso fumar, não sinto vontade de dançar, parece que só de olhar essas garotas descendo até o chão me dá uma canseira...

Ultimamente ,dormir tem sido a melhor coisa que eu faço, comer nem se fala, é minha vida, sem está grávida eu já comia por dois agora grávida eu como por dez.

Anna: Parece que Elisa esqueceu completamente de você.

- É o que parece. - digo reparando em alguns caras vindo em nossa direção, todos armados e com cara fechada.

Xxx: oi vida. - o primeiro comprimenta Anna com um beijo na testa, sua voz era grossa e rouca, mas tinha uma certa doçura ao se referi a Anna. - fala aí mina suave?
- me cumprimentou desajeitado.

- De boas. -falei apenas isso, era melhor do que nada.

Anna: oi amor. Tava onde? - perguntou olhando nos olhos do marido o mesmo nem parecia da muita importância para suas perguntas, apesar de fazer todo o esforço para isso.

Comecei a mim mexer outra vez, o clima voltou a ficar desconfortável, agora Anna não era a única estranha.

Os caras que estavam com ele, me olhavam de cima à baixo, alguns até se atrevia a sorri malicioso, nojento muito nojento.

Xxx: Lá perto dos carros de som, resolvendo uns b.o - falou com desinteresse, com os olhos atentos para qualquer movimento ao redor, parece que todos que são do corre tem esse comportamento estranho e o humor horrível, como o de leozin.

Anna: E você não me avisa pq? - Anna perguntou baixo mas deixou a voz vacilar, deixando aquele círculo ali o mais dramático possível.

Xxx: pô mano .... - coçou a cabeça e arrumou o boné. -não tinha como avisar, tu veio com a neném, e eu nem vi vocês chegarem, na verdade mermo, nem tô mentindo. - e isso não podia ficar mais pior, ele falou tão baixo que mais pareceu que ele estava tentando se convencer a si mesmo, e não ao contrário.

Anna: Não tô te cobrando nada BN - disse firme, e sorriu falsa, que eu até me surpreendi, são muitos bons em disfarçar. - só acho que sua filha merece um pouco de atenção. - disse e só agora eu fui me lembrar da menina.

A mesma estava entre as pernas da mãe e mexia no cll com a cabeça longe dessa coversa sem setindo dos pais dela, o joguinho no celular parecia tão mais importante que ela nem notou a presença do pai.

Sorri com isso, ser criança as vezes é bom.

Bn: Não vamos discutir sobre isso agora, corre é corre.- foi rude arrumando o fuzil nas costas pronto pra qualquer coisa.

Naquele momento a única coisa que passou na minha cabeça foi, como a filha dele interpretaria aquilo se ela por acaso entendesse de alguma coisa?

Anna: E sua filha é o quê??

Desnecessário eu diria.

BN saiu calado e sério do mesmo jeito que chegou.
E a criança no meio das pernas da mãe concentrada no jogo mais uma vez não percebeu o pai sair dali entrando no meio da multidão.
Mas a garota parece perceber a tristeza e o incômodo da mãe, deixando o celular de lado e assim abraçando a cintura da mais velha.

Aquilo foi lindo aos meus olhos, instantaneamente eu levei a mão até o colo de meu útero e passei acariciar aquela região, eu vejo neste filho o meu recomeço e espero que quando ele nascer um dia eu possa ser para ele a melhor mãe do mundo, porque pelo meu filho eu sou capaz de tudo.

💬⭐❤

L E T I C I A 💋 ( CONCLUÍDA )Onde histórias criam vida. Descubra agora