COMO SÓ VOCÊ SABE - VOLUME III

5.

Dom era uma pessoa especial, ele ia muito além do que um sexo gostoso, possivelmente o homem da minha vida. Vi ele dormir como um anjo do meu lado, pela noite quente ele estava apenas com um samba canção, seu peitoral estava todo para fora do lençol que cobria apenas metade do seu corpo. Passei a língua umedecendo em meus lábios secos e engoli a saliva de minha boca, eu estava muito afim de transar, mas sabia que em todos aqueles dias Dom não me olharia de outra forma, estava literalmente sofrendo por não estar gozando como eu gostaria. Apoiei minha cabeça em minha mão e passei a outra sob seu peitoral, eu só queria aquele homem dentro de mim. Dom acordou com meu toque, vi seus olhos abrirem lentamente. A única coisa que nos iluminava era a lua cheia lá fora, isso fez com que o ambiente ficasse um pouco mais sedutor.

- Está sem sono?

- Estou com tesão.

Disse esperando que Dom atendesse meu pedido, mas vi em seus olhos que ele não cederia facilmente, exceto, se eu colocasse em jogo todo o seu poder que ele tinha sob mim, por isso me levantei da cama e fui para o banheiro, não usaria uma lingerie sexy, usaria meu corpo para atiçar Dom, fiz um trança e olhei o meu reflexo no espelho, apalpei minha garganta e desci com as mãos em meus seios, fechei os olhos imaginando que aquela pudesse ser a mão de Dom, suspirei.

Passei do quarto para o closet aonde encontrei algumas antigas roupas, Dom não havia se desfeito de nenhuma delas, mas não era aquilo que eu estava procurando, olhei de um lado para o outro buscando com os olhos em todos os lugares, mas não achei que pudesse estar ali, por isso me dei mais um tempo voltei para o quarto e observei Dom, esperando novamente ele adormecer, quando seus olhos encostaram e não se abriram, eu procurei uma chave no silêncio mais absoluto daquela noite.

Procurei pelo quarto todo aquela maldita chave e me frustrei quando não a encontrei, respirei fundo, pensando aonde ela estaria e ao passar os olhos por Dom, ao seu lado da cabeceira da cama havia um criado mudo, a essa altura, pela frustração meu coração estava acelerado e eu tentei me acalmar, em minha cabeça, pela sua razão, meus batimentos cardíacos poderiam fazê-lo acordar, por isso pouco a pouco, pé por pé, me aproximei daquela mesa e quando abri para minha felicidade encontrei a chave que tanto procurava. Sorrateiramente, deslizei meus pés até a porta, encaixei a chave, girei e a porta do dungeon se abriu.

Eu entrei rapidamente, olhando por toda a parte, claramente aquele lugar era usado pouco, meus pensamentos foram longe quando olhei para todos os aparelhos e apetrechos que Dom poderia usar em mim, aquilo estava completamente longe de uma nova realidade, não queria forçar Dom, mas eu estava desesperada pelo seu toque. Em momento algum pensei que transar poderia ser uma solução para tudo o que vivemos nos últimos dias, mas com certeza era um refúgio, passei a mão sob as cômodas e apreciei cada uma das coisas ali presente.

Ao fechar meus olhos, minha mente me levava em outra dimensão e eu conseguia sentir tudo aquilo em meu corpo, procurei aonde ficavam os vibradores e quando os encontrei comecei a olhar as funções de cada um, mas antes que eu pudesse encontrar de fato o que eu queria, ouvi a porta bater atrás de mim, dei um pequeno pulo e olhei para trás.

- O que você está fazendo aqui?

Eu olhei para Dom e estava segurando um vibrador.

- Dom...

- Se satisfaria sem mim?

- Eu disse que...

- Não importa o que você disse, o que importa é que você não respeitou meu espaço.

Abaixei a cabeça, sabendo que estava errada, mas gozar com um vibrador, não era como trair Dom, ou era?

- Dom...