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Acordei no outro dia, cansada da noite anterior, mas muito revigorada, Dom era como meu carregador e me energizava. Levantei da cama devagar, olhando meu lindo namorado dormindo do meu lado, procurei no closet uma roupa e fui para o banho. A água gelada escorria sob meu corpo e o calor que fazia era insuportável. Lavei meu corpo e meus cabelos, cantarolei qualquer música e fui surpreendida por uma mão em minha cintura.

- Bom dia amor.

Eu sorri.

- Bom dia meu pequeno anjo. Dormiu bem?

- Demais e você?

- Como um bebê.

Nós sorrimos e Dom abriu a ducha ao meu lado.

- Coloque um tênis de caminhada e uma roupa leve, quero te levar em um lugar.

- Agora?

- Depois do café.

- E meus pais?

- Vou chamar eles para irem conosco.

- Tudo bem então.

Eu terminei o banho antes de Dom, fechei o box e me sequei, a única coisa que eu conseguia fazer era encarar aquele lindo homem, como eu havia escolhido outra roupa, decidi ir até o closet e trocar as peças, peguei um short mais soltinho e coloquei um croped, penteei meus cabelos e voltei para o banheiro escovar os meus dentes. Dom desligou o chuveiro e se secou enquanto eu ia em busca de um tênis de caminhada.

Não demoramos para estar prontos, quando saímos do quarto nos deparamos com Nath sentada no sofá.

- Bom dia Nath.

- Bom dia querida, como se sente?

- Novinha em folha.

Ela riu maliciosamente olhando para mim e para Dom.

- Vocês parecem mesmo bem satisfeitos.

Todos nós rimos.

- Aonde está o meu pai?

- Ele está no quarto, preparei um café para nós.

- Obrigado Nath.

Dom disse agradecendo a atitude. Nath se levantou e foi para o quarto, chamou meu pai e não demoraram a retornar, nós tomamos um gostoso café da manhã conversamos sobre algumas coisas e Dom fez o convite.

- Senhor Denis, Nathália, eu quero levar Alice até uma cachoeira aqui mesmo, gostariam de nos fazer companhia?

Meu pai olhou para Dom e como um homem sedentário riu.

- Obrigado pelo convite Dom, mas se eu for, infarto no meio do caminho.

- É uma pena e acho que o senhor tem que se exercitar mais.

- Só faço um exercício, Nath é minha instrutora.

Todos rimos e Dom me olhou, pensando em dizer uma besteira, mas a engoliu com um gole de café.

- Bem, se não querem ir, vou roubar a filha dos senhores, se me permitirem.

Meu pai concordou com a cabeça, Dom e eu nos levantamos da mesa e preparamos uma mochila com coisas para levarmos. Na mochila continha água, algumas frutas em potinhos, barras de cereais e um pouco de mel.

- Está pronta?

Eu sorri e acenei que sim com a cabeça.

- Então vamos. Senhor Denis, fiquem á vontade, mi casa es su casa.

Meu pai riu.

- Obrigado Dom, vou aproveitar essa vista maravilhosa, em quanto tempo voltam?

- Antes do almoço, se não aceitaram o convite para ir conosco, imagino que não recusariam um almoço em um dos restaurantes mais conceituados de São Paulo.

Meu pai sorriu.

- Meu genro sabe como agradar o sogro.

Nós rimos todos, nos despedimos e eu e Dom partimos para cachoeira.

Nós andamos por vinte minutos e no meio daquela mata aonde sua casa ficava localizada, encontramos alguns bichinhos da natureza. Alguns macacos pulavam nos galhos acompanhando nossa ida até a cachoeira, estranhei que Dom tivesse levado muitas frutas, mas a essa altura, eu imaginava para que. Encontramos cobras, na sua maioria pequenas, era natural que encontrássemos, principalmente porque os invasores eram somente nós, os bichinhos estavam em seu habitat. Encontramos algumas flores e dentre elas, de uma espécie da qual eu mais gostava, a dama da noite, o cheiro que ela faz quando abre, é único e incrível, perfuma todo o local. Dom me mostrou mais umas espécies de plantas e eu me encantei com uma que quando passávamos a mão, ela se fechava.

- Estamos chegando, está pronta para ver o lugar mais bonito da sua vida?

Eu concordei e sorri, nós continuamos caminhando e pouco mais de um metro nós paramos em uma espécie com formato de pequena bacia, nele um lindo rio se formava e uma cachoeira derramava sua água nele, a água do rio transbordava para um local aonde se formava quase uma pequena cachoeira, era quase uma nascente.

- Vamos entrar?

- Pode pular?

- Não amor, tem muitas pedras, não é seguro.

- Você vem sempre aqui?

- Quase sempre, a última vez que estive aqui foi para pensar sobre o que eu faria com seu sumiço, eu sou cético, mas pedi a Deus e a mãe natureza que me ajudassem a encontrar você.

Eu sorri. Dom não me esperou, tirou a mochila, a roupa e o tênis, ficando somente de sunga e entrou.

- Vem amor, á água está muito gelada e combina com o calor que faz.

Vi seu sorriso se formar, eu tirei a minha roupa e depois tirei a lingerie.

- O que está fazendo?

- Você tem não tem vizinhos ou tem?

Ele riu e acenou que não com a cabeça, eu entrei e me certifiquei que a água estava muito gelada até me arrepiei um pouco por sua temperatura, Dom me abraçou tentando me aquecer e eu lhe dei um beijo nos lábios o que foi um combustível, não demorou muito para ficarmos com tesão, por isso Dom arrancou sua sunga jogando-a perto de nossas roupas. Dom me deitou sob uma pedra que não batia água, ele me beijou como nunca havia me beijado, com certeza aquele foi um dos seus beijos mais apaixonados, Dom acariciou meu rosto e eu o beijei, ele encaixou seu pau em mim e ficamos somente naquela posição, não havia pressa, não quis ser espancada, só quis ser amada e acredito que aquela foi a primeira vez que nós realmente fizemos amor de forma tão apaixonada.

COMO SÓ VOCÊ SABE - VOLUME IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora