COMO SÓ VOCÊ SABE - VOLUME III

15.

15.

Eu guardei a pizza em cima da mesa e coloquei a taça de Lia em cima da pia, olhei o telefone e tinha algumas ligações perdidas de Dom, era quase uma hora da manhã, meu peito sangrou de saudades, saudades do seu sexo por isso eu liguei para Dom que atendeu prontamente.

- Alô?

- Aonde você está?

- Eu quem te pergunto isso Alice, você bebeu?

- Um pouco. Vou te mandar minha localização.

Eu enviei a localização para Dom e fiquei sentada esperando-o jogada em meu sofá, não demorou para meu interfone tocar. Dom com certeza estava por perto e sabia aonde eu estava, só esperando a ligação, por isso em pouco tempo, bateu em minha porta.
Quando abri a porta, pulei em seus braços e o agarrei para um beijo, ele correspondeu, passando a mão por de baixo do meu vestido em minha bunda, a saudades era enorme que tínhamos um do outro. Ele entrou e fechou a porta, eu desci do seu colo, sedenta pelo seu pau, por isso abri sua calça e o tirei, deixando-o totalmente amostra para mim, quando ia colocar na boca, Dom deu um passo para trás.

- Quem esteve aqui?

- Hã?

- Alice, eu não sou trouxa, você tem duas garrafas e duas taças em cima da mesa, quem esteve aqui?

Eu perdi totalmente o tesão.

- Ninguém Dom.

Ele andou até a mesa, pegando as duas taças e me encarou.

- Não minta para mim.

- Foi a Lia, tá bom?

- Lia?

Ele disse tentando se lembrar.

- Lia, noite que nos conhecemos, boate, Lia.

Disse tentando recordar ele.

- E o que fizeram?

- Bebemos, comemos pizza...

- E transaram.

- Que?! Dom...

- Ah Alice, não sou trouxa, você some por dois dias, quase três, acha mesmo que vou acreditar que só comeram e beberam?

Não sei como, mas naquele instante até o efeito do álcool passou, eu que estava de joelhos, me levantei e andei em direção ao Dom.

- Você está insinuando que eu te traí Dom?

- Não, estou apenas lendo o que o ambiente diz.

- Ambiente? Em que mundo paranoico é esse que você vive?

- Alice, não dê uma de vítima.

- Vá embora, quer saber, acabou!

Eu tirei e joguei a aliança que Dom me deu em cima da mesa, ela quicou e caiu no chão. Dom olhou para ela e depois me encarou.

- Você está cada dia mais louco, estranho, eu não te reconheço mais, estou tentando, ou melhor, tentei Dom, mas você não me ajuda, não vou fazer mais nada sozinha por esse relacionamento, então por favor, vá embora!

- Alice...

- Não quero ouvir, você me fez uma grave acusação, não sou esse tipo de pessoa que acha que sou, eu jamais trairia você, jamais Dom.

- Não, eu não vou embora...

- Você vai Dom, porque até o presente momento, eu havia escolhido você e não estava me escolhendo, que inferno é esse em que você vive?

- Você não pode fazer isso.

- Eu posso e estou fazendo. Estou me priorizando, chega, há dias você está estranho, querendo me comandar, eu só queria viver com você, é claro que como toda menina da minha idade, eu tenho outros sonhos e eu só queria viver todas as minhas realizações com você.

- Podemos fazer isso...

- Só está me dizendo isso, porque está me perdendo. Dom, eu lutei, eu fiz o que pude para chegar até você, eu só quis um amor tranquilo e de confiança, mas parece que meu futuro só te ameaça, você nunca me diz o que está pensando nos últimos dias e isso me mata.

Dom começou a chorar e automaticamente eu também.

- Não vou atrasar minha vida pelos seus caprichos, não vou me deitar no chão para isso, você entende?

- Amor...

- Não existe mais amor Dom, eu sou apenas um fantoche, aonde você controla, eu quero minha liberdade e nos últimos dias, provei dela, quer saber, vou fazer o que quero, vou ir para Harvard, sinto que só perdi meu tempo estando aqui.

- É isso o que você sente?

- Não, quer dizer, vendo a situação Dom...

- Tudo bem Alice, sempre respeitei e sempre irei respeitar suas decisões, mesmo quando tentei te forçar a algo, não por mim, mas pelo meu sócio, o que me custou nosso relacionamento, mas já entendi, é a idade, você precisa viver realmente. Peço desculpa, por fazer você perder seu tempo e sinto, que também tenha perdido o meu.

Dom passou por mim, como um furacão, mais uma vez, eu o perdi e mais uma vez, ele me perdeu.