____ Vamps?
Chamei pelo seu apelido, ela olhou para os lados e depois olhou para cima, me vendo. Ela deu um sorriso triste em meio às lágrimas.
____ O que você tá fazendo aí em cima? ____ Ela perguntou.
Eu imediatamente pulei da árvore, parando em sua frente.
____ Essa escola tem um bosque muito grande, é bom 'pra matar aula. ____ Sorri tentando a fazer sorri, mas ela não reagiu. ____ Vamps, você está bem?
Ela concordou, seu rosto ainda estava molhado e borrado de preto por conta das lágrimas. Estendi minha mão para tocar seu rosto, mas ela se afastou.
____ Vamps, me diz, quem fez você chorar?
____ Ninguém me fez chorar. ____ Ela murmurou.
____ Se você me disser o motivo, juro tentar mudar o mundo 'pra fazer você sorrir de novo.
Me olhou penosa.
____ Você não conseguiria.
____ Mas eu posso tentar.
Ficamos em silêncio por um momento, estávamos nos encarando, tentava dizer apenas com o olhar que tudo iria ficar bem. E derrepende ela solta:
____ Eu sou uma aberração.
Franzi ás sobrancelhas.
____ Te falaram isso? ____ Perguntei com raiva.
____ Não, eu sei que eu sou.
Soltei a respiração de ódio que estava prendendo, felizmente não teria que cometer um crime hoje.
____ Você é maluca?! ____ Exclamei. ____ Você é a pessoa mais foda desse universo, e a mais linda também.
Dei um sorrisinho de canto.
____ Então, você é a única que pensa assim. ____ Ela respondeu pesarosa.
____ Ah, Vamps. Se você pudesse se ver do jeito que eu te vejo, não falaria isso.
Tentei segurar sua mão, mas ela se afastou novamente.
____ Eu não vou tocar em você.
____ Eu não me importaria que você soubesse de todas as minhas memórias. ____ Falei sincera.
____ Mas não vem apenas isso, você sabe.
Suspirei alto.