Dois Adolescentes

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Ele encostou os lábios nos dela e foi um beijo cheio de paixão, de entrega, verdade e saudade.
Foi um beijo de uma espera de vinte anos.

Naquele momento, os dois sentiram-se dois adolescentes. Aqueles mesmos adolescentes que passavam horas tocando violão em Araguaína e, no fim da noite, ficavam namorando na caminhonete dele, escondidos da mãe dela.

A sensação daquele reencontro era a mesma da de antigamente: um misto de medo e de desejo, o medo de chegar em casa e ser descoberta: tudo isso estava voltando à mente dela, enquanto ele a beijava; e ela sentia-se extremamente feliz.

Era, novamente, aquela garotinha de quinze anos lá em Araguaína, que tinha mil planos e amava tocar violão e beber com o a amigos.

Maraisa sentia que uma chama estava se acendendo em seu peito. Aquilo era mais que um beijo: era um recomeço.

Todos os sonhos, desejos, paixões, que estavam escondidos dentro dela, vieram à tona.

Aquele beijo não era apenas um beijo, era o beijo.

Fernando a apertava contra si cada vez com mais intensidade e a beijava até fazer com que ela perdesse o fôlego.

Ela sentia como se estivesse flutuando no ar.
"Maraisa do céu, onde você tá indo?" - pensou ela em certo momento e afastou-o com as mãos.

-O que foi? Fiz alguma coisa que você não gostou? -perguntou ele preocupado.

-Não é que...eu não sei...

-O que foi, Maraisa? Pode me falar. Não gosta mais do meu beijo?

-Na verdade, gosto até mais do que deveria...

-Então, por que parou?

-Fernando, eu sou uma pessoa cheia de traumas...Não sou mais aquela adolescente que você conheceu...

-Maraisa, dá para você parar de pensar um pouco e viver o momento?

-É que...

Ele calou-a com um beijo. Maraisa não sabia explicar, mas era como se eles nunca tivessem se separado. Era como se eles fossem namorados há anos e aquela era uma sensação maravilhosa.

-Você não acha que deveríamos ir para o quarto? - questionou ela entre um beijo e outro.

-Eu estava pensando nisso... esse jardim não é muito confortável- riu-se ele.

Ela deu uma gargalhada.

Maraisa pegou nas mãos dele e dirigiram- se para o quarto. Eles entraram e Maraisa trancou a porta.

O coração dela pulava tanto que parecia que era a primeira vez que ela iria se entregar para alguém. Ela sentia-se com quinze anos e enquanto ele beijava seu pescoço, o corpo todo ia ficando arrepiado. Ela sabia que estava perdendo a razão e, naquele momento, só o que importava era o sentimento. Sentimento que estava voltando com toda força para o coração dela.

Fernando, gentilmente, abaixou o zíper do vestido dela e foi beijando as costas até chegar ao pescoço novamente.

Maraisa já estava totalmente entregue, a respiração já estava pesada e ela não conseguia mais se controlar.

Fernando tirou a camisa e a calça.

Maraisa deitou-se, Fernando deitou-se ao lado dela e foi despindo-a completamente.
Ela sentia-se totalmente segura com ele.
Ele beijava a barriga dela e ia subindo até seu rosto e continuava a trajetória dos beijos até seus seios.

Ela não podia negar: Fernando sabia como agradar uma mulher.

Depois de várias carícias e beijos, ele olhou dentro dos olhos dela e perguntou:
-Você quer? Não quero nada que você não queira.

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