Parte 13 - Mon

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Demorei, mas enfim chegou! Vou tentar não demorar tanto para a próxima att. Espero que a demora tenha válido a pena! Sem mais delongas, enjoy!

Meu dia foi bem cheio. Falei com Kirk assim que cheguei no escritório, ele estava preocupado com a sobrecarga de trabalho que deixou para mim com seu afastamento repentino. Quis tirar minhas dúvidas e me ajudar mesmo à distância, mas eu o tranquilizei afirmando que posso dar conta de alguns dias sozinha no comando e que qualquer eventual questão que puder surgir entrarei em contato com ele.

Então tive duas reuniões pela manhã e marquei outra à tarde para discutir a pauta seguinte pro próximo mês e me mantive ocupada com outras implicações até depois do horário de almoço, mas antes disso recebi duas ligações importantes uma da minha mãe perguntando quando vou levar seus netos para visitá-la de novo e outra da minha esposa. Almocei na minha mesa, pois não tive tempo para sair do escritório nem para ir à consulta de Sam.

Fiquei aliviada em saber que ela não ia sozinha, porém lamentei muito não poder estar com ela nesse momento.

Estou me esforçando para que ela possa descansar e não ter estresse do mesmo jeito que ela fez quando fiquei em casa com as crianças enquanto ela trabalhava. Não é nada fácil ficar tranquila tão longe deles, mas eu sei que logo estaremos juntos de novo.

A minha tarde passou voando.

Conseguimos pontuar cada assunto do próximo mês na reunião com a equipe de conteúdo, foi importante ouvir algumas opiniões e discutir ideias para um novo projeto.

Acho que eu ser a chefe deixou a dinâmica mais leve, porém não menos rigorosa. Não é porque eu sou mais sociável do que a Sam e fiz amigos aqui que vou exigir menos deles, pois sei a competência de cada um e quero me assegurar de que todos estejam dando o seu melhor.

Logo já era fim de tarde e resolvi adiantar algumas tarefas para o dia seguinte apesar de estar ansiosa para voltar para casa.

Pego o celular na bolsa. Quero ouvir a voz do meu amor para acalmar meu coração. Só ela e meus pequenos são capazes de me deixar tranquila em qualquer momento.

Também quero que ela saiba que logo estarei ao seu lado para compartilhar a alegria pelo resultado positivo ou consolá-la caso o contrário.

Estou torcendo para que tudo dê certo.

As duas primeiras ligações caem na caixa de mensagem.

Não há motivos para alarde. Respiro fundo. Ligo em casa no telefone fixo e ela atende no segundo toque.

"Oi, querida, tô com um tempinho na agenda. Liguei no celular, mas você não atendeu, fiquei preocupada. Como você está? Tá tudo bem?" Percebo que estou mais ansiosa do que pensei. Escuto o cachorro latindo e a campainha tocando no fundo.

"Oi amor, desculpa, eu não ouvi chamar. Eu estava nervosa com o exame e devo ter esquecido em algum lugar por aqui. Você espera só um minutinho, tem alguém na porta."

Ela parece distraída com algo até silenciar de vez e uma voz surgir em meio aos latidos.

Não consigo reconhecer, o barulho me incomoda, então chamo Khun Sam várias vezes preocupada com sua quietude.

Ela devagar balbucia algumas palavras que me fazem congelar.

"Vovó? E Kang."

Noto que ao pronunciar o nome do engomadinho, ela desdenha, mesmo assim eu não acho que isso o intimidou. Posso até apostar que ele está sorrindo convencido como em todas as ocasiões em que nos encontramos.

Do gelo ao fogo. Estou em chamas de raiva e ciúmes.

Eles estão lá na minha casa, com minha esposa, meus filhos e meu cachorro. Eles estão na minha zona de conforto.

MonSam - Nosso Mundo Cinza & RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora