MonSam - Nosso Mundo Cinza & Rosa

Parte 17 - Sam

Faz mais de uma semana que Mon e as crianças foram embora do palácio. Nos falamos todos os dias pela manhã e à noite, às vezes as crianças pedem para ligar fora do horário e por isso fico na expectativa o dia todo por uma ligação surpresa que muitas vezes não vem. Depois que eles foram embora minha vida se resume a acordar tarde depois de passar boa parte da madrugada acordada encarando o lado vazio onde minha esposa dormia, me forçar a fazer o desjejum por causa do bebê, dar um breve passeio pelo jardim e pegar um pouco de sol, voltar pra cama, fazer mais uma refeição obrigatória e tentar levantar pro jantar com vovó. Quase todas as refeições faço no quarto, embora eu não tenha vontade alguma de comer, não posso negligenciar os cuidados com minha gestação se não todo o sacrifício que fizemos será em vão.

Mon veio com as crianças no fim de semana para iluminar meu dia. Meus bebês pulavam de alegria em minha volta, conversamos sobre a semana, os dois mais do que nunca falantes como se não tivéssemos conversado todos os dias, sendo para mim também melhor vê-los contar pessoalmente. Eu estava nas nuvens com o som das suas vozes que eu senti tanta falta. Mon ficou em silêncio acompanhando de perto nossa interação, mas esperando pacientemente a sua vez de falar. Quando eles cansaram de tagarelar e aceitaram comer os biscoitos com leite que as funcionárias trouxeram para eles no jardim, sentaram balançando os pezinhos enquanto outras duas funcionárias os ajudavam com toda a paciência do mundo. Foi quando levantei meu rosto para dar atenção a minha bela esposa sorridente me encarando encantada pela minha felicidade em revê-los.

Puxei ela para a privacidade do quarto e a agarrei com saudades do seu beijo e toque. Foi um beijo desesperado, faminto e apressado, pois não queria ficar muito tempo longe dos meus bebês. Sim, a falta de Mon essa semana me trouxe de volta a minha libido agora eu estava louca para desfazer as roupas de minha esposa sexy com aquele macacão jeans cor de rosa. Mas me contentei em somente beija-la com fervor. Quando paramos para tomar fôlego sorrimos pelo reencontro.

"Oi." Ela cumprimenta com mais um selinho. Eu também dou mais alguns selinhos antes de responder, então abraço ela forte fazendo carinho nos seus cabelos.

"Olá teerak. Eu tava com tanta saudades..."

"Eu também. É muito bom estar em seus braços de novo. Eu quero sempre voltar para eles."

"Eu quero sempre ter você dentro deles." Ela se afasta delicadamente e tagarela que nem nossos filhos a pouco.

"Como você está? Tá indo bem nas avaliações? O médico disse alguma coisa? Como está o bebê? Está saudável? Você está se alimentando bem? Tomando suas vitaminas...?" Sorrio para tranquiliza-la.

"Você já tem todas essas respostas, nos falamos todos os dias. Não se preocupe comigo ou com bebê. Estamos muito bem. Só com saudades de vocês." Digo fazendo bico melosa, mas percebendo seu estado, me preocupo. "Está nervosa. Aconteceu alguma coisa?"

"Não, eu só, você sabe que não me sinto confortável aqui."

"Ah, isso. Mas não se preocupe. Vovó não está em casa. Por mais que ela quisesse ficar para ver os netos, ela tinha um compromisso inadiável, apesar de crer que ela só queria deixar a gente mais a vontade já que sua presença incomoda você." Me desvenciliei dos seus braços para me afastar dela. Bem, eu não estava magoada só não era algo que eu gostasse de discutir por saber que as duas pessoas que eu mais amo não se dão bem. Ela me impede mantendo suas mãos nas minhas, me puxando de volta.

"Khun Sam, eu não quis dizer isso." Ela suspira tentando dissipar algum sentimento ruim e encerrar o assunto mais tranquila. "Tudo bem, na próxima vez que visitá-la, insista para ela ficar em casa. Irei me esforçar para nos darmos bem."

Voltamos a nos abraçar e saímos do quarto para ficar no jardim com nossos filhos. A visita durou quase o dia todo. Brincamos, tomamos refeições juntos, conversamos, brincamos mais e no fim da tarde quando as crianças estavam cansadas demais para ficar em pé, era hora de ir. Colocamos ambos presos cochilando nas cadeirinhas e nos despedimos comigo fungando por vê-los partir.