Parte 14 - Mon

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Olá. Demorei né? Foi mal. 😔 Resolvi terminar primeiro minha outra fic "Always Yours" enquanto estava com bloqueio de escrita nessa, mas agora vou tentar não demorar tanto aqui para não deixar vocês esperando muito.

No mais, boa leitura!

Somos cinco agora. Nossa. Se eu tivesse imaginado como seria minha vida há alguns anos talvez não fosse desse jeitinho, mas com certeza essa vida no qual fui abençoada é muito melhor do que qualquer imagem que eu tivesse do meu futuro.

Quando dobramos nossa família de apenas duas mulheres que se amam muito para um casal feliz com os dois bebês mais fofos e amados do mundo foi grandioso. Nossa felicidade não podia ser medida e ela só cresceu a cada dia. Agora eu não consigo nem descrever a emoção que eu sinto ao olhar para o sorriso completamente escancarado da minha esposa grávida. Parece que eu estou vivendo um sonho. 

Os olhos dela brilham com a mesma intensidade que eu também estou sentindo enquanto caminhamos de mãos dadas e nossos filhos correm pelo parque. Combinamos de tomar sorvete depois de contar a novidade do bebê para eles e foi uma nova festa logo cedo no café da manhã. A ideia foi de Meenoi e sua irmãzinha aprovou com o pretexto de comemorar o novo membro dos Anuntrakul-Petchpailin.

Logo nos aproximamos da barraquinha de sorvete, todos escolhem seus sabores e após pagar nos dirigimos a uma mesa disposta no parque debaixo de uma árvore frondosa de folhas amarelas fazendo uma sombrinha boa que deixava a ventilação mais fresca. E apesar de Kirk ainda não ter retornado, me liberei essa manhã para passar com minha família, pois sei que logo terei todos os dias livres ao que faltam poucos documentos para Khun Sam assinar e finalmente oficializar suas férias prolongadas. 

Tudo estava indo a mil maravilhas, a única coisa que tem abalado mesmo que um pouco nossa felicidade plena é a avó dela ligando de hora em hora para dizer ou saber algo de sua neta. Como nesse momento. Khun Sam levanta, se afasta e joga o sorvete fora para atender o telefone. Eu bufo frustrada. Quando vamos ter paz?

Ela volta notando meu humor mudado, pega minha mão e afaga. Imediatamente perdoo sua falta e voltamos a interagir com a animação de antes. Não é nada fácil ter que suportar essa parte da vida da minha esposa, mas quando aceitei me casar com ela, o combo defeitos e família problemática veio junto no pacote Khun Sam e eu concordei que a aceitaria com todo o meu amor. Eu não vou deixa-la, não vou desistir da mulher da minha vida porque ela é do jeito que ela é. Eu lutei e vou continuar lutando por ela e ao lado dela.

Então as ligações passaram a ser rotina. A avó ligava, Khun Sam se afastava para atender e retornava como se não tivesse deixado uma conversa pela metade ou um dos filhos meio vestido ou até mesmo no meio de uma refeição que depois era esquecida no prato porque já estava fria.

“Você tem que falar com ela.” Khun Sam olha para mim ao retornar de mais uma ligação da avó deitada na cama ao meu lado. Ela parecia distraída dessa vez, demorando para entender do que eu estava falando. “Sua avó. Ela tem que parar de ligar tanto para você. Isso está atrapalhando nossa rotina com as crianças.”

“É, eu sei. Já falei com ela.”

“E?” Ela me dá um olhar culpado. “Khun Sam.”

“Ela quer que eu, que a gente vá morar no Palácio.”

“Já falamos sobre isso.”

“Eu sei. Mas assim as ligações iam parar.”

“É o que você quer?” Interrogo já sabendo a resposta, porém querendo que ela entendesse o que eu quero dizer. Ela pensa um segundo antes de dizer o óbvio.

“Não.”

“Então você precisa ser mais firme com sua avó, Khun Sam. Não estou falando para ser grossa, só diga para ela que você está bem e não precisa de ligações de hora em hora, nem se mudar para o Palácio. Faça o que você quer e não o que sua avó está pedindo para fazer.”

MonSam - Nosso Mundo Cinza & RosaOnde histórias criam vida. Descubra agora