cinco

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Oi, amores. Para entrar no clima deste capítulo, coloquem "Procuro Alguém" do Djonga para tocar enquanto acompanham a leitura.
espero que gostem!

Maria Cecília
Vitor se levantou indo fumar. Ele disse alguma coisa pra GK que ficou estranho depois.

Um tempinho depois, olhei no relógio e eram cinco e vinte da tarde. GK ainda tava estranho, então decidi quebrar o silêncio.

— Nego, cê tá legal? Quer conversar? — passei a mão no braço dele e ele me olhou.

— Tô mec, morena. — ele sorriu triste.

Antes de eu falar alguma coisa, Santos veio com João Lucas no colo. O pequeno tava com um pedaço grande de carne na mão.

— Senhor amado. — Santos coçou a cabeça esperando um sermão meu. Comecei a rir.

— Pô, até falei pra ele que eu podia fazer um pratinho e pá, só que esse moleque aqui pegou a carne e saiu correndo! — João Lucas lutava contra a carne tentando arrancar um pedaço da mesma. Sorri pro pequeno e ele olhou pra mim, piscando os olhinhos.

Santos foi até onde ele estava sentado pra pegar a cerveja dele.

Beatriz e Gabriella se levantaram e começaram a paparicar João Lucas, que é um folgado e ama um dengo.

Ri olhando aquele povo mimando Lucas
e bebi um pouco da cerveja. Olhei pra Gabriel e ele tava olhando pro nada, pensando longe.

— Galego... — GK saiu do transe e me olhou. Ele respirou fundo e sorriu.

— Você me deu o maior presente da minha vida. — GK disse.

— Do quê você tá falando, nego? — perguntei e GK sorriu apontando pra João Lucas.

— Tô falando do nosso menorzinho, pô. — eu ri e GK me fez o olhar de novo. — Ele é o melhor presente que já ganhei e não posso deixar de te agradecer por isso.

— Ô galego, eu que te agradeço. — eu disse emocionada.

— Desde que João Lucas chegou eu me sinto completo, sabe? Ele é a luz da minha vida, o motivo pelo qual eu acordo todo dia e luto pra ser alguém melhor. E isso, Maria Cecília, é tudo por sua causa. — ele apontou pra mim e eu já comecei a chorar. —

— Eu... eu não tinha percebido o quanto isso era importante pra você.

— É sim, Maria Cecília. E eu sei que a gente tem nossas diferenças, nossos problemas, mas nada disso muda o fato de que você me deu o maior presente que alguém poderia receber. — ele enxugou minhas lágrimas pra não enxugar as dele. —

— Obrigada, GK. Obrigada por me lembrar disso.

— Não precisa agradecer. Só quero que você saiba que, apesar de tudo, sou grato a você por ter dado um filho tão incrível pra mim. E eu nunca vou esquecer disso. — sorri entre as lágrimas pelo jeito que Gabriel falou, certinho e sem gíria nenhuma.

GK me abraçou de lado e eu deitei a cabeça no ombro dele enquanto olhava pra João Lucas.

(...)

— Precisam ir agora? — Bia fez biquinho e deu um beijo em João Lucas. —

— A gente precisa, gatinha. Esse neguinho já tá cansado, precisa da cama dele. — fiz um carinho na bochecha de Lucas que tava no colo de Beatriz quase dormindo. —

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