13 - Fim de festa

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Korn chorava tanto quanto Pran, mas diferente do mais alto, ainda era capaz de dizer algo, e usava dessa capacidade para lhe pedir desculpas inúmeras vezes.

ㅡ Olha pra mim...

Pediu com carinho, segurando o rosto alheio da mesma forma. Enxugou as lágrimas do garoto como pôde, e se esforçou para conter as próprias.

ㅡ Eu sei que eles estão um pouco bêbados agora, mas eu quero que você converse com o Pat quando voltarmos pra lá. Eu vou conversar com a Pa-

Pran negou com a cabeça, mas Korn não o deixou interromper.

ㅡ Sim. Isso acaba hoje. Eu não vou deixar vocês dois sofrerem por algo que pode ser resolvido. E quanto aos seus pais, Pran, isso vai doer, mas você não deve nada a eles e você não precisa deles. Se eles descobrirem, eu quero que eles se fodam. Você não vai sair daqui a não ser que queira, me ouviu? Eu não vou deixar. E eu tenho certeza absoluta que o Pat também não, porque aquele homem te espera desde a última vez que ele te viu, eu o vi chorar todos os dias desde então e não vou ver isso acontecer de novo, com nenhum de vocês. Se Deus realmente fosse contra isso, o apocalipse já teria começado.

Entre as lágrimas, sorrisos surgiram em ambos os rostos, os levando a mais um abraço, este mais curto do que o outro já que agora ambos tinham coisas a fazer.

ㅡ Chega de mentiras, de negar o meu desejo, eu te quero mais que tudo, eu preciso do seu beijo, mas pra quê viver mentindo, se eu não posso enganar meu coração~ eu sei que te amo!

Wai e Chimon cantavam em coro em cima do palco que havia se tornado um karaoke desde que decidiram assim, a um minuto atrás. Korn e Pran gargalharam assim que se deram conta da situação, sendo rapidamente percebidos pelos demais.

ㅡ Como isso aconteceu?!

Perguntou a Pat, que gravava a cena.

ㅡ Também gostaria de saber. - respondeu sorrindo, levando o olhar a Pran. ㅡ Você veio.

ㅡ Vim.

Respondeu sorrindo, sendo retribuído.

ㅡ Pa, vem aqui rapidinho?

A menina franziu a sobrancelha mas seguiu Korn para um canto não muito afastado. Pran esperou que o show acabasse para se aproximar de Pat.

ㅡ Podemos conversar?

ㅡ Claro.

Respondeu guardando o celular, seguindo o garoto da mesma forma, caminhando em direção à saída.

ㅡ Você devia usar seu óculos mais vezes.

Pran sorriu.

ㅡ Eu só usei hoje pra te ouvir falar isso.

Pat retribuiu.

ㅡ Você me conhece... o cabelo também?

ㅡ Isso não posso contar.

Napat riu, colocando as mãos no bolso da calça quando sentiu um vento frio em sua direção.

ㅡ Vamos para o telhado?

O coração parou por um segundo, e foi com a mesma rapidez que o mais velho assentiu. Podia parecer bobo para qualquer um que estivesse de fora da relação, mas era o lugar favorito de ambos para absolutamente tudo desde que haviam chegado ao dormitório. Ali, inesquecíveis declarações haviam sido feitas, e desde que Pran havia ido embora, estar naquele lugar era sinônimo de sentir saudades para Pat. Não demorou para chegarem, e ambos se debruçaram sobre o mesmo pedaço de ferro que contornava o espaço.

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