Korn chorava tanto quanto Pran, mas diferente do mais alto, ainda era capaz de dizer algo, e usava dessa capacidade para lhe pedir desculpas inúmeras vezes.
ㅡ Olha pra mim...
Pediu com carinho, segurando o rosto alheio da mesma forma. Enxugou as lágrimas do garoto como pôde, e se esforçou para conter as próprias.
ㅡ Eu sei que eles estão um pouco bêbados agora, mas eu quero que você converse com o Pat quando voltarmos pra lá. Eu vou conversar com a Pa-
Pran negou com a cabeça, mas Korn não o deixou interromper.
ㅡ Sim. Isso acaba hoje. Eu não vou deixar vocês dois sofrerem por algo que pode ser resolvido. E quanto aos seus pais, Pran, isso vai doer, mas você não deve nada a eles e você não precisa deles. Se eles descobrirem, eu quero que eles se fodam. Você não vai sair daqui a não ser que queira, me ouviu? Eu não vou deixar. E eu tenho certeza absoluta que o Pat também não, porque aquele homem te espera desde a última vez que ele te viu, eu o vi chorar todos os dias desde então e não vou ver isso acontecer de novo, com nenhum de vocês. Se Deus realmente fosse contra isso, o apocalipse já teria começado.
Entre as lágrimas, sorrisos surgiram em ambos os rostos, os levando a mais um abraço, este mais curto do que o outro já que agora ambos tinham coisas a fazer.
ㅡ Chega de mentiras, de negar o meu desejo, eu te quero mais que tudo, eu preciso do seu beijo, mas pra quê viver mentindo, se eu não posso enganar meu coração~ eu sei que te amo!
Wai e Chimon cantavam em coro em cima do palco que havia se tornado um karaoke desde que decidiram assim, a um minuto atrás. Korn e Pran gargalharam assim que se deram conta da situação, sendo rapidamente percebidos pelos demais.
ㅡ Como isso aconteceu?!
Perguntou a Pat, que gravava a cena.
ㅡ Também gostaria de saber. - respondeu sorrindo, levando o olhar a Pran. ㅡ Você veio.
ㅡ Vim.
Respondeu sorrindo, sendo retribuído.
ㅡ Pa, vem aqui rapidinho?
A menina franziu a sobrancelha mas seguiu Korn para um canto não muito afastado. Pran esperou que o show acabasse para se aproximar de Pat.
ㅡ Podemos conversar?
ㅡ Claro.
Respondeu guardando o celular, seguindo o garoto da mesma forma, caminhando em direção à saída.
ㅡ Você devia usar seu óculos mais vezes.
Pran sorriu.
ㅡ Eu só usei hoje pra te ouvir falar isso.
Pat retribuiu.
ㅡ Você me conhece... o cabelo também?
ㅡ Isso não posso contar.
Napat riu, colocando as mãos no bolso da calça quando sentiu um vento frio em sua direção.
ㅡ Vamos para o telhado?
O coração parou por um segundo, e foi com a mesma rapidez que o mais velho assentiu. Podia parecer bobo para qualquer um que estivesse de fora da relação, mas era o lugar favorito de ambos para absolutamente tudo desde que haviam chegado ao dormitório. Ali, inesquecíveis declarações haviam sido feitas, e desde que Pran havia ido embora, estar naquele lugar era sinônimo de sentir saudades para Pat. Não demorou para chegarem, e ambos se debruçaram sobre o mesmo pedaço de ferro que contornava o espaço.
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Beliche de Cima
أدب الهواةDepois de um término doloroso, eles são obrigados a se tornarem colegas de quarto novamente. Acontece que Pat ainda quer provar que estão destinados a se amarem, mas Pran precisa se certificar de não voltar atrás em suas palavras.