|Satoru Gojo

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Como prometido, um imagine de como os dois se conheceram. Pode ser lido independente do outro.

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Todos os meus sentidos vão se desconectando do mundo para entrar em total repouso e concentração, minha respiração que era evidente, torna-se apenas um som distante em meus pensamentos que embarcam em um mundo diferente do habitual.

Diante de uma colina e um imenso lago, distante, avisto um homem alto e de cabelos escuros cortando a cabeça de um dos membros mais importantes do mundo Jujutsu. O restante do corpo cai como se não fosse nada e o assassino tem um sorriso estampado em seu rosto tão vil.

É essa a visão que fui designada a ter para um dos homens do alto escalão, passei semanas meditando e contestando a todos que ir ao ar livre tornaria as visões rápidas e eficientes.

Mas, com medo do que eu possa ver além e explanar, me prenderam como se fosse uma maldição do mais alto nível no subsolo de uma escola de feitiçaria.

Um sentimento de raiva se apossa de mim e, perdendo o total controle, abro meus olhos no mesmo instante em que a porta é arremessada quase ao meu lado. Uma fumaça alta causada pelo estrondo esconde uma silhueta que anda tranquilamente até mim.

Fico quieta, nesse mundo eu apenas devo aceitar o que mandarem fazer, já que a minha sobrevivência dependente unicamente de mim.

As vezes, ser ignorante é uma benção.

—Você deve ser a "grande vidente".— ainda irreconhecível, uma voz um tanto irônica se faz presente no meu pequeno quarto
—Tinha em mente algo mais... emocionante.

—As pessoas tendem a se decepcionar comigo.— prossigo em minha posição de meditação; pernas cruzadas e braços apoiados em cada uma —E quem seria o invasor?

A silhueta, antes ofuscada, aparece límpida para mim,tão brilhante quanto uma lua cheia que tive o vislumbre, certa vez. Seus olhos azuis de íris tão claras me encaram com uma imensidão profunda, igual a um oceano calmo que pode vir a ter uma tempestade a qualquer momento.

—Satoru Gojo.— o intitulado faz uma reverência exagerada e se ergue novamente, elevando-se acima de mim, tão alto e importante —E você deve ser a [S/n].

—Sim.

—Interessante, como você tem visões sem usar energia amaldiçoada?— ele pergunta genuinamente curioso e indico para que se sente a minha frente.

—Se não se importa.— Satoru acena e fica na mesma posição de meditação, ele está atento e me controlo para não rir
—Precisava de todo esse alvoroço? Suponho que terminará mal para o meu lado.

—Ah, eu me resolvo com os velhotes, depois.— suas mãos se equilibram para trás de si, apoiando todo o seu tronco
—Quando soube da sua presença nessa escola, tive o total interesse de encontrá-la.

—Mas não deixaram.

—Correto, creio que seja importante.

—Nem tanto.— descruzo minhas pernas e me movo, incomodada —Minha utilidade termina quando entro aqui.

—O quê?

—Como você disse, eu não uso energia amaldiçoada para ter as visões, apenas nasci com isso em mim. O mundo Jujutsu vai muito além de energia e isso é algo quase inexplorado.— levanto-me do assento confortável e paro em frente do que seria a porta, encaro o corredor escuro e frio —Sou considerada algo raro e que deve ser mantido preso, visto que posso ser usado para o bem e para o mal. No entanto, aqui, me usam como uma ferramenta de prevenção de mortes.

EUDAIMONIA, Jujutsu KaisenOnde histórias criam vida. Descubra agora