𝐬𝐢𝐱

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"Amo você de verdade, amo você de mentira

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"Amo você de verdade, amo você de mentira.
Amo andar na cidade, vida eu não tenho saída."

pov; Kokonoi

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pov; Kokonoi.

Paris, França.

03:38

Estava tarde, Izana foi passear na torre Eifel depois encher meu saco por umas horas. Kakucho fica indo atrás dele igual um cachorrinho. Enquanto eu dei um jeito de respirar fora daquele hotel. Se eu não sair um pouco, eu vou ficar maluco — mais do que já estou — mas dei um perdido no Sanzu e consegui sair.

Comecei a andar pelas ruas de Paris. Devo admitir a beleza daqui, mesmo que eu não saia constantemente a noite, porque talvez eu esteja em cativeiro e só porque eu faço dinheiro rápido. Esta nevando — minha época preferida — me faz lembrar de um Natal bem turbulento em minha vida, mas que eu faria qualquer coisa pra tê-lo de volta.

Andando mais um pouco avisto um banco em frente a ponte de cadeados, é chamada de Pont des Arts. É uma ponte que fica sobre o rio Sena, no centro de Paris. A ponte é famosa por ter muitos cadeados que são amarrados nela por casais apaixonados, que escrevem seus nomes neles. Ela fica no bairro de Saint-Germain, entre o rio e a Rue de l'Ancienne Comédie. As vezes eu venho aqui para pensar, refletir ou desestresar, tem sido o único lugar aonde ninguém grita comigo.

— Como eu deixei isso acontecer? — Sussurro pra mim mesmo.

— Às vezes eu me pergunto a mesma coisa.

Viro rápido pra trás e ver quem está ali, e o vejo. Seishu Inui.

— Não acredito que rodou nove mil quilômetros em uma bike só pra me salvar. — Ironizo.

— Como sabe que eu vim te buscar? — Diz se sentando ao meu lado.

— Previsível demais. Vá embora enquanto não vêm atrás de mim ainda.

— Koko, você tem que sair daqui, quando eles não precisarem mais de você, vão te matar.

— Se eu fugir isso não irá mudar. — O encaro. — você sabe muito bem porquê estou fazendo isso.

Eu devo ficar para protegê-lo. Ameaçaram matar Inui se eu fugisse ou me recusasse a ajudá-los. Eu não posso fugir agora. Não posso deixar meu amigo e única pessoa com que eu me importo morrer, já me basta, seria covardia da minha parte. Olhei para o horizonte, não tenho coragem de dizer isso a ele. Ele diria que minha decisão era equivocada, mas não estou fazendo por mim. Eu faço por Seishu. Eu faço por Akane.

— É um risco que eu tenho que correr, apenas me deixe fazer meu trabalho.

Eu olhei para ele, e o vi com os olhos cheios de lágrimas me encarando com aqueles olhos verdes. Maldito seja o dia em que olhei para eles pela primeira vez. Ou o dia em que prometi não falar mais sobre Akane ou compara-lo com ela.

— Você me salvou uma vez, me deixe te salvar também. — Ele me abraçou, chorando.

Eu segurei o seu rosto e limpei as lágrimas dele.

— Desculpe-me, apenas saiba que vou ficar bem. E que você não me deve nada. — Acaricio o rosto dele.

...
No hotel

Saí do elevador em direção ao meu quarto, quando estava prestes a entrar, senti uma mão em meu ombro e olhei para trás. Kakucho.

— Aonde foi? — Pergunta irritado.

— Fui esfriar a cabeça. Sentiu minha falta é? — Entro no quarto e ele me segue.

— Você não pode sair sem avisar um de nós, acha que brincamos quando dissemos que se fugisse te matamos? Ou quer colocar a vida do seu amigo em jogo?

Desgraçado.

— Inui não tem nada haver com isso, e como eu estou aqui, não pode me matar. — Corto, o mesmo me olha com raiva.

— Amanhã Izana vai querer falar com você, tem sorte dele não ter percebido sua ausência. — Ele sai e bate a porta.

Oba, reuniãozinha.

Me deito na cama de bruços e me faço a mesma pergunta de antes: Como eu deixei isso acontecer?. Como pude ser pego? Inui nem ao menos me ouviu chamar por ele, meses se passaram e eu não tive notícias dele. Mas eu sabia que ele daria um jeito e que viria atrás de mim. Eu confio minha vida a ele e sei que não vou me decepcionar. Isso dói tanto Seishu, dói muito ficar longe de você, mas dói ainda mais saber que não posso tê-lo pra mim.

Um som ecoa pelo quarto, eram batidas na porta. Peegunto quem é.

— O idiota do seu segurança.

Ele entra e eu permaneço deitado olhando para sua cara de irritado e acabo rindo da expressão dele.

— Isso tem graça pra você? Não tem medo de morrer?

— Sanzu, nunca tive e nunca terei. E como não pôde perceber que eu não estava aqui? É mais incompetente do que imaginei.

— Achei que estivesse dormindo!, por isso o silêncio. De agora em diante em vou te vigiar daqui de dentro e o Muto de fora, vamos ver se vai tentar sair de novo. — Sorri malicioso.

— Esquisito.

Depois de tomar um banho e colocar uma roupa confortável, eu me deitei na cama e cobri. Fitei um pouco Sanzu que dormia — tenho quase certeza de que ele morreu — na cadeira em frente a porta e me virei para o lado oposto de sua vista. Se Izana descobrir que eu saí no meio da madrugada, vai tentar me matar ou me torturar até saber o que eu fui fazer, e com quem.

Bom, mas amanhã é outro dia. E outro dia significa novas oportunidades — talvez outra oportunidade de fugir daqui também.

 E outro dia significa novas oportunidades — talvez outra oportunidade de fugir daqui também

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Demorei? Talvez.
Mas não vou desistir dessa história, nem que me paguem!

𝐈 𝐌𝐈𝐒𝐒 𝐘𝐎𝐔 | 𝑩𝒂𝒋𝒊𝒇𝒖𝒚𝒖 ღOnde histórias criam vida. Descubra agora