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Após o afastamento, Tom e Lottie seguiam seus dias como eram antes, mas ainda sempre pensando em seus momentos juntos.

As crianças do Orfanato Wool agiam indiferentes quando envolvia Tom e Charlotte. Como sempre, ainda achando Tom intimidante.

Naquela tarde, Lottie resolveu pegar uma flor bem pequena e amarela isolada no gramado do jardim quando ouviu uma voz e se virou.

- Oi, Lottie. - disse Billy Stubbs, com seu coelho ruivo em seus braços.

- Ah, oi Billy! - disse se virando novamente para a flor. Desejava mentalmente que Billy não a julgasse mal.

- Eu estava pensando em ensinar uns truques pra Otts, quer me ajudar?

- Sério? - os olhos de Lottie pareciam brilhar. - eu adoraria. Tome, essa flor é pra você. - disse entregando à Billy que sorriu e corou em resposta.

Lottie se apressou pegando o coelho de seus braços e andando na frente para a parte do gramado com menos pedras.

Após um tempo rindo e brincando concluíram de braços cruzados que o coelho era incapaz de obedecer qualquer comando.

- Bom, ele continua sendo fofo - Lottie disse pegando um pedaço de cenoura que Billy ia quebrando com as mãos e oferecendo ao animal.

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Tom observava Lottie e Billy brincando com o coelho, enquanto uma pontada de ciúmes surgia em seu coração. Era com ele que ela dedicava seu tempo. Era lamentável que foi trocado assim tão facilmente. Mesmo que ele se esforçava para manter sua expressão impassível ainda parecia fria e distante, revelando um conflito interno que ele não estava disposto a admitir.

Sentia arrependimento.

Esse sentimento contraditório ao que ele queria sentir o deixava ainda mais hostil, ele se sentia impotente. Vulnerável.

Ele sentia que estava perdendo seu autocontrole, o que nunca tinha acontecido antes. E concluiu que teria que tomá-lo de volta.

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Tom aguardava Billy ficar sozinho. E quando achou a oportunidade, caminhou até ele pelo jardim carregado de fúria. Ele pensava somente em uma única coisa, pôs em sua frente e proferiu com um ar ameaçador.

- Se afaste de Charlotte.

Billy encolheu-se de medo. Era evidente que Tom estava bravo, mas nunca tinha visto ele assim. Assustado, Billy não soube o que responder. Ele sabia que Tom estava falando sério, já que todos eram intimidados por ele. Mas era muito difícil pra ele abandonar a amizade com Charlotte, assim, de repente. Uma curiosidade repentina atingiu Stubbs.

- Por que me afastar dela?

Tom agido pelas emoções, pensou que estava sendo estúpido mas ele não poderia voltar atrás e com certeza não poderia compartilhar a resposta pois se mostraria fraco. E então, alertou:

- Esse foi meu único aviso. - disse deixando o garoto sozinho

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Billy Stubbs não fez o que deveria fazer.

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Tom Riddle negava. Sua feição não parecia de culpado e também não demonstrava remorso. Mas como o coelho de Billy foi parar nas vigas do prédio pela manhã?

- Ele o enforcou! - disse Billy aos soluços apesar de não ter visto o ato.

As crianças olhavam horrorizadas para o animal pendurado, algumas direcionavam o olhar para Tom, outras choravam. Mas a matriarca do Orfanato não poderia culpar ninguém, não houve provas, não houve rastros, não havia como uma criança pendurar algo ali.

Mas nenhuma pessoa estava mais intrigada do que Charlotte que se perguntava em quem podia confiar.

No mundo obscuro em que adentrou, Charlotte descobriu que coragem e medo caminham lado a lado.

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𝐂𝐨𝐫𝐚çõ𝐞𝐬 𝐂𝐨𝐫𝐫𝐨𝐦𝐩𝐢𝐝𝐨𝐬 - A História Não ContadaOnde histórias criam vida. Descubra agora