Desmebramento da minha sanidade
Despendia-se de serne sangue vivido em sua cor
Estravagante foi a sensação
Ser dilacerado acordado
Totalmente sóbrio de meu estado putrido
Não havia juízo que reinava
Não tinha nada que acalentava
Aquela dor
E aquela impressão de iminência dolorosa
Sempre disposta
Sempre posta
A espreita
O veneno que percorria minhas veias
Queimava
Mas eu já não tinha forças para exclamar nada
Não tinha forças para chorar nada
A esperança era a luz que amanava sorrateira
Me oferecendo um afago mágico
E revigorante
Como se por ser banhado por aquele flagelo de luz
Eu pudesse aguentar toda aquela tortura
Me afunda cada dia mais
Navegar pelas águas turbulentas de meu próprio pensamento
Um pesadelo a todo momento
Me sinto acorrentado e amordaçado
A memórias que me quebram o âmago
E fazem escorrer de mim a bile pelos olhos
Quanto tempo mais terei de viver assim?(18.10.23)
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Não vejo mais sentido no amor, mas estou apaixonado pela minha dor
PuisiSão tantas Tragédias que não cabem em uma linha, em uma poesia, em uma narrativa. Com isso, minha vida se mistura em uma fantasia ficcional, onde meus sentimentos reinam acima da racionalidade e me torno refém da minha própria insanidade. Mas, toda...