Ser filha do rei das maldições sempre foi um pesadelo para Akane. Com toda raiva de seu pai acumulada ela foge para a escola de Jujutsu em Tokyo para aprender a controlar sua energia amaldiçoada e enfim destruir o demônio que é seu pai.
Já faz dois dias que não vejo o Suguru Gojo, ele e a Mi Mi saíram em uma missão longe daqui, só espero que eles estejam bem. As aulas também foram mais tranquilas sem a distração daquele platinado, fazendo eu conseguir controlar bem melhor minha energia.
Já na parte da luta sensei Fushiguro é realmente bem paciente me ensinando várias e várias vezes a mesma coisa.
Término de tomar um banho quentinho e relaxante, arrumo meu cabelo e coloco um pijama mesmo, ainda que seja cedo é mais confortável.
Me sento em minha cama e começo a dobrar meu uniforme agora limpo e cheiroso. Escuto então uma leve batida na porta, deve ser a Mi Mi que voltou da missão.
-Pode entrar!- digo alto para que de pra ouvir bem.
Mas quando a porta se abre é outro cabelo branco que me chama a atenção.
-Suguru!- lá está com um sorrisinho deslumbrante nos lábios e olhos azuis mais profundos que o oceano, o garoto que faz meu coração as vezes quase parar e as vezes bater tão rápido que parece que vai sair do peito.
-Eai baixinha como vai?- droga não acredito que tava com saudade desse idiota, ele é tão lindo até abrir a boca pra me provocar.
-O que você quer?- digo já irritada odeio que me chame de baixinha.
-Hoje é aniversário da minha mãe e vai ter uma festa, você quer vir comigo?- as palavras do sensei Gojo agora ficam gritando na minha cabeça, será que ele falou aquilo como um teste mesmo ou foi real!!
-O Reiji e a Mi Mi também vão.- contínua ele quando eu não respondo nada. Agora que reparo na suas roupas, não é o uniforme, é uma camisa branca social com os primeiros botões abertos e uma calça e jaqueta preta. E claro os óculos que ele quase nunca sai sem.
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Ele está lindo de doer, poderia fácil ganhar a vida como modelo se quisesse.
-Akane?- pisco várias vezes voltando a realidade quando ele diz meu nome. Ele começa à vir em minha direção, ficando parado exatamente na minha frente e abaixando o rosto me olhando nos olhos bem de perto.
-Você não quer vir comigo?- cada palavra sai uma mais lenta que a outra, como uma provocação mas que só me da um frio na barriga e não raiva. Ele está fazendo isso de propósito tenho certeza.
-E...eu vou sim!- sinto minhas mãos suando um pouco e um calor subir por minhas costas até meu rosto.
-Ótimo! Saimos em 15 minutos.- diz ele se levantando e se afastando para meu alívio.
-Eu só vou trocar de roupa então.- pelo menos os amigos dele também vão, o que me deixa mais tranquila.
-Te esperamos na entrada da escola.- Ele diz enquanto sai pela porta dando uma última olhada pra mim com aquele sorriso debochado.
