Capítulo 9

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Eu nunca fui tão ignorado assim em toda a minha vida. E o pior ainda é por alguém pela qual eu estou apaixonado.

Eu prometi a mim mesmo que ia dar tempo para ela e tals, mas isso é um verdadeiro inferno!

Para tudo ficar ainda mais perfeito uma grande quantidade de maldições tem surgido ultimamente, a famosa temporada de monstros.

Isso me impede ainda mais de ver ela, os pequenos momentos em que posso admirar seus olhos, são quebrados quando ela desvia pra longe dos meus.

Pego meu celular e vejo que já são 4:28 da madrugada, e eu ainda não dormi nada. Minha cabeça gira em torno dela, cada pensamento é sobre ela. Eu nunca pensei tanto assim em alguém!

Me distraindo com o celular sinto a energia do meu pai perto daqui. Mas o que ele está fazendo aqui essas horas?

Levanto e vou correndo até a porta, e no corredor vejo ele com uma garota miúda nos braços. É a Akane.

-Pai está tudo bem?!- sinto um desespero em pensar que ela possa estar machucada

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-Pai está tudo bem?!- sinto um desespero em pensar que ela possa estar machucada.

-Relaxa, ela só está dormindo.- que alívio, ela dorme tão pacificamente no colo dele.

-Pode abrir a porta do quarto pra mim filho?

-Ah claro.- corro até a porta que por tantos dias fiquei na frente parado sem coragem de bater.

Acendo a luz assim que entro e meu pai a coloca na cama com cuidado, sinto até inveja de ele conseguir ficar assim tão perto dela, e eu não.

Chego mais perto e muito delicadamente retiro seus tênis para não sujar sua cama.

-Olha esse pézinho!- sussuro pro meu pai enquanto seguro o mini pé que é do tamanho da minha mão. Meu pai só da uma risada e cobre a Akane com a coberta.

Posso enfim olhar para seu rostinho pequeno e meigo, sem ela virar pra longe.

-Vamos.- meu pai fala baixinho acabando com meu barato, saimos do quarto em silêncio até chegar na porta do meu dormitório.

-Como vai as coisas com ela?

-De mal à pior, acho que ela não gosta de mim, nem olha mais na minha cara!

Devo ter ido muito longe aquele dia, talvez ela goste até de outra pessoa.

-Eu acho incrível que quem não tem um olho sou eu, mas o cego aqui é você Suguru!- olho pra ele confuso enquanto ele baixa sua faixa, mas do que esse doído tá falando?

-Como assim?

-Você está pensando demais, o que seu coração diz ein?- acho que nunca tinha conversado assim com ele, geralmente ele estaria fazendo uma piada sobre eu ser um molenga covarde.

-Meu coração diz que ela também sente algo mas...

-Escute seu coração filho, vai por mim eu sei do que estou falando.- ele está com aquele olhar que já vi muitas vezes, de quem está escondendo algo.

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