PUTA. QUE. PARIU.

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CHARLIE

Nick me guia até o banheiro e eu entro, fechando a porta. Sentei no chão e respirei fundo. Minha respiração estava desregulada, o que será uma possível crise de ansiedade, por isso preciso tomar um banho gelado para relaxar. Minha consciência cai na hora que percebo que estou no banheiro do NICK. MEU DEUS.

Depois de algumas vasculhadas e cheiradas em seus perfumes eu finalmente entrei pra tomar um banho. Após desligar o chuveiro ouço alguém bater na minha porta.

— Charlie, eu peguei um pijama pra você — Meu deus, como esse cara ainda consegue ser fofo? Abro um pouco a porta e pego o pijama das suas mãos.

— Obrigado — EU VOU VESTIR UM PIJAMA DO NICHOLAS NELSON?? AAAAH

Saio do banheiro e vou andando pela casa procurando Nick, onde sem querer acabo entrando em seu quarto. A curiosidade é maior, então ao invés de sair eu comecei a olhar as fotos de quando Nick era pequeno.
Tão fofinho...

Até que um cheiro muito bom invade as minhas narinas, logo sinto uma respiração pesada no meu pescoço. Normalmente era pra eu sentir medo, mas sabendo que é Nick atrás de mim, eu sinto é uma vontade imensa de toca-lo.

— Hum... Charlie? — Ouço sua voz atrás de mim. — Eu meio que tenho que pegar a minha camisa aí no armário...

PUTA. QUE. PARIU.

NICK ESTÁ ATRÁS DE MIM SEM A PORRA DE UMA CAMISA.

SEM. UMA. CAMISA.

Se eu já surtava vendo pela TV, imagina pessoalmente???

— Puta que pariu. — Falo sem pensar. Eu estou tão corado nesse momento que eu poderia falar pro IBGE que eu me identifico como vermelho e eles não duvidariam disso. Ouço uma risada.

— Poderia se virar? — Nick pergunta.
Eu vou ter um AVC.

Me viro devagar e fecho os olhos com força, pois não sei qual será a minha reação.

— Charlie, você tá bem? — Nick estranhou o fato de eu não ter falado um "a" desde que ele chegou. — Abre os olhos — Ele quer que eu morra??

Abro os olhos devagar e vejo Nick Nelson sem camisa na minha frente. Puta merda. Ele é muito gostoso, gostoso até demais...

Observo seu abdomen malhado e perfeito, moldado pelos deuses, seus braços fortes e provavelmente bem duros... E seu olhos... Me olhando com uma grande diversão. Puta que pariu, ele percebeu.
Se é que é possível, eu consegui ficar mais vermelho ainda...

— Você fica lindo vermelho — Nick fala. Ele percebeu meu olhar seco pelo seu corpo, e nesse momento eu quero muito beija-lo, coisa que nunca me ocorreu. Olho para seus lábios de perfeito tamanho e depois encaro seus olhos, e Nick entende como um sinal, mas não avança.

— Hum, Nick? — O chamo

— Sim? — A gente já estava muito próximo, mas sem se encostar.

— Eu... Hum — Como eu peço para beija-lo?

— Não peça, faça. — Nick fala já sabendo o que eu iria pedir.

Levanto minhas mãos e toco em seus ombros, sinto Nick arrepiar. Subo minhas mãos até uma ficar em seu pescoço e outra em seu rosto, me aproximo mais dele e o beijo. Nick corresponde na hora, segurando em minha cintura e aproximando mais nossos corpos. Nosso beijo é perfeito, é tudo perfeito.

Nick sempre respeitou meu momento, e eu adoro isso nele. Aprofundo mais o beijo, adorando esse momento só nosso. Nick aperta mais a minha cintura soltando um pequeno gemido da minha boca, me envergonhando. Eu simplesmente estou adorando essa troca de afeto, coisa que nunca me ocorreu.

O beijo estava cada vez mais forte, até meu corpo idiota começar a tremer, me fazendo afastar.

— Tudo bem? — Nick me olha preocupado e sinto uma pontada de culpa. Não é culpa dele isso tudo que está acontecendo comigo.

— Sim, desculpa... Que tal dormirmos? — Eu odeio ser eu.

— Não precisa pedir desculpa, tá tudo bem. — Ele sorri. Com esse sorriso eu confirmo que está tudo bem. — Vem, vou te mostrar seu quarto!

Após Nick me deixar no meu quarto pela noite, dá boa noite e vai deitar. Eu estava morto de cansaço, só que novamente, parece que tudo desaparece quando estou com Nick. Fecho os olhos e adormeço.

[...]

Acordo com uma péssima sensação.

São 03:45 da manhã.

Abro os olhos e percebo o quão suando frio eu estou.

Merda.

Está acontecendo de novo.

Flashbacks da minha adolescência invadem minha cabeça, me fazendo levantar. Eu tô tremendo, muito mesmo.

Vou em direção ao banheiro, fecho a porta e acendo a luz. Abro a torneira e começo a molhar meu rosto, mas sem sucesso. Sento no chão o começo a respirar pesado.

1...

2...

3...

Não tá funcionando, caralho. Deixo as lágrimas molharem minha bochecha, sabendo que eu iria enfrentar uma crise forte.  

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Oieee! Tadinho do Char...
O que será que vai acontecer depois??

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