Assim não

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No dia seguinte, Lena acordou com a mente cheia de pensamentos tumultuados. O encontro com Lilian na noite anterior ainda reverberava em sua mente, e ela se perguntava sobre as implicações de tudo aquilo.

Ao chegar na Catco, ela foi direito para a sala da Danvers, precisava conversar com ela. Ao chegar lá deu duas batidinhas na porta e entrou, sua expressão ainda era séria, mas ao encontrar Kara, seus olhos se iluminaram um pouco. Ela se aproximou com um meio sorriso e percebeu o olhar estranho da loira.

- Bom dia, querida.

A loira sorriu em sua direção, tentando conter qualquer tipo de ansiedade,
também notando a expressão séria da mulher.

- Bom dia, Le. Como você está?

- Confusa, talvez? - Admitiu, passando a mão pelos cabelos. - Eu encontrei minha mãe ontem à noite.

A expressão de Kara mudou instantaneamente. Preocupação e desconfiança se misturaram em seus olhos.

- Lilian? Onde?

- Em um galpão na periferia. É uma longa história, mas em resumo, ela tá querendo matar o Edge.

A mais velha franziu o cenho. Ela estava preparada para muitas coisas, mas a menção de Lilian Luthor ativou todos os alertas em sua mente.

- E o que você vai fazer? - Perguntou cuidadosamente.

- Eu... não sei - respirou fundo. - Mas definitivamente, não deixarei ela fazer isso, por mais que seja o Edge.

- É claro.

Kara observou, e um sorriso gentil atravessou seus lábios. Ela se aproximou, delicadamente colocando uma mão em seu rosto.

- Fico feliz que você está bem. Essa história com a sua mãe é complicada, eu sei. Mas não importa o que aconteça, eu estou aqui para você.

Os olhos verdes se encontraram com os azuis, e por um momento, todo o tumulto ao redor desapareceu. Houve um breve silêncio, que foi preenchido com um olhar significativo.

- Obrigada - Lena sorriu, e não era apenas um sorriso de gratidão; havia algo mais, algo que transcendia as palavras.

Kara sorriu de volta, sentindo a conexão única que compartilhavam.

- Você sabe que pode contar comigo, não importa o que aconteça.

- Eu sei - descansou o rosto na mão da loira. - Você é perfeita, sabia?

- Não mais que você - riu.

A Luthor sentiu um calor agradável percorrer seu corpo enquanto trocava sorrisos com Kara. Era mais do que um simples agradecimento; havia uma comunicação silenciosa entre elas, uma compreensão profunda que ultrapassava as palavras.

A loira, por sua vez, sorria de volta, mergulhando na conexão única que compartilhavam. A suavidade do momento era interrompida apenas pelo inevitável afastamento quando Lena anunciou que precisava ir.

- Te vejo no almoço? - Perguntou a Luthor.

- É claro.

Lena se virou para ir embora, mas a mulher a puxou pelo braço, buscando um último toque antes da partida.

- Kara... - começou, mas foi silenciada por um beijo, um gesto carregado de ternura.

- Pra dar sorte - disse rindo suavemente.

Elas compartilharam risos que se misturaram à doce despedida, e então ela se afastou, deixando um rastro de calor no ar. O olhar prolongado entre elas continha promessas silenciosas, enquanto Lena deixava a sala com um sorriso que revelava mais do que palavras poderiam expressar.

A Maldição LuthorOnde histórias criam vida. Descubra agora