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Como explicar minha vida. Não tem como
Desde o momento em que nasci, fui rejeitada por minha família, especialmente por minha mãe e também por meu pai.
Ser desamada por quem me trouxe ao mundo é uma dor indescritível. Minha mãe partiu cedo, deixando meu pai em uma espiral descendente.
O trabalho se tornou uma constante na minha vida desde muito cedo.
Aos oito anos, já estava lutando para sobreviver, consciente de que minha própria existência dependia disso.
Levantava antes do amanhecer para enfrentar duas viagens de ônibus até o emprego, sabendo que qualquer atraso poderia ser fatal.
Nada disso foi fácil, especialmente para uma criança tão jovem.
Mas havia uma chama de esperança em meio às dificuldades: minha aptidão escolar. Percebi que, se um dia ficasse sozinha, preferiria ter conhecimento do que riquezas materiais. Isso me impulsionou a ingressar em uma boa escola.
No entanto, junto com essa determinação, veio uma inveja amarga em relação às meninas privilegiadas. Elas não entendiam a realidade que eu enfrentava diariamente. Se compreendessem, não estariam implorando dinheiro aos seus pais negligentes.
Nunca experimentei o amor e o apoio de uma mãe ou pai, mas descobri que minha independência precoce foi, de certa forma, uma bênção.
Talvez, todas as dores que suportei tenham sido uma maneira de consolo eu acho.
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É isso, ficou pequeno e sem graça.
Tô tentando escrever o mais rápido possivel mais a minha faculdade tá me deixando loucaaaaa.
Vou tentar não demorar pra postar o próximo cap ok.
