Capítulo 11 - Everyone seems happy and I can't be hurt no more

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Música: The First Snow - EXO

A ideia era que Mingi ficasse apenas dois dias na casa de Yunho, mas era 20 de Dezembro, estavam entrando na semana de natal e, depois da árvore de natal montada de modo inesperado na sala de Yunho, pensaram que seria uma boa ideia criar memórias e tradições natalinas com Dasom, para que fossem repetidas até a bebê no futuro se tornar uma pré adolescente e achar tudo aquilo sem graça. Assim, Mingi estendeu sua estadia na casa do outro tio de Dasom, que embora não fosse acostumado com a ideia de celebrar o natal, por ser de uma família budista, achou adorável a ideia de criar momentos com a bebê para serem relembrados no futuro. Nas manhãs daquela semana, os três saíam logo cedo em direção a Incheon, passavam o dia na companhia de Minjae e Sumin, e pela tarde todos retornavam para suas casas. O cheio de canela, café, chocolate e amêndoas já era habitual para Yunho, que passou a não mais estranhar o perfume exalado na cafeteria, tampouco se preocupar se ele mesmo estivesse com o forte aroma de castanhas no casaco - de certo modo, era aconchegante, especialmente naquela época do ano.

Nas manhãs geladas, o foco eram os bolinhos para serem distribuídos na vizinhança: Pães assados, biscoitos de canela, bolachas amanteigadas e cookies de natal. Mingi não se lembrava exatamente de celebrar o natal religiosamente, mas de celebrar com a família como um momento de se ajudarem. Todos os anos, seus pais distribuíam cestinhas da cafeteria para os vizinhos e, em troca, aceitavam o que os demais tinham a oferecer: as vezes uma cantata de natal, uma geleia, um ginseng, ou um sorriso e um abraço. O importante era compartilhar o momento, não o presente em si.

- Vocês sempre comemoraram o natal? - Yunho perguntou, com Dasom no canguru à sua frente enquanto ambos comiam um cookie, ou Dasom comia enquanto Yunho tentava controlar o quanto a bebê pegava de sua mão.

- Não exatamente, mas nessa época do ano a cafeteria sempre estava cheia, e fazíamos cestinhas para presentear os vizinhos. Não é nada grandioso, mas era mais para compartilhar o momento em comunidade, sabe? - Mingi estava completamente concentrado em abrir a massa folhada à frente para começar a montar os rolinhos de canela, seus olhos sequer encontraram os de Yunho, que sorria bobo ao ouvir Mingi falar com afeição de sua família.

Realmente, pelo que o barista falava, sua família realmente era muito amada pela vizinhança... E isto era visível pela quantidade de pessoas que passaram à porta do estabelecimento e, olhando para dentro, ficaram tristes ao perceber que ainda estava fechado, dando meia volta e retornando ao frio da rua lá fora.

Porém, o sino acima da porta anunciou a entrada de uma pessoa.

- Ahá! Pensei que não te encontraria nunca mais, Mingi! Já que não para mais em casa... - Murmurou Jongho, tirando seu sobretudo caramelo à porta da cafeteria e, se aproximando de Yunho, sorriu para o adulto e a bebê no canguru. - Como vai, hyung? E nossa Dasom, está se divertindo hoje?!

Mingi, do balcão de pedra onde fazia os bolinhos, sorriu ao ver o amigo.

- Jongho! Voltou do campus a tempo de me ajudar com os rolinhos de canela! - Cumprimentou o barista, mostrando as mãos sujas de farinha para o amigo que acabara de entrar. - Com a fornada que eu estou terminando agora, já vamos começar a montar as cestinhas, quer ajudar?!

- Claro, claro, pode ser... Demoro alguns dias para te ver e quando chego aqui, já sou recrutado para ajudar na cafeteria! Veja só que mundo injusto é este que vivemos! Ele também é assim com vocês, Yunho?

As orelhas de Yunho ficaram levemente vermelhas enquanto olhava confuso do amigo para Mingi. Mingi nunca lhe pedira ajuda com as coisas da cafeteria - pelo menos não a parte culinária. Será que era porque ele... Não sabia cozinhar?

- Jamais chamaria o Yunho, Jongho! Ele tem o papel de cuidar da bebê. E se ela some? Se resolve brincar dentro da cozinha e eu não vejo? Não não, preciso dele cuidando dela. - Concluiu Mingi, levemente entretido com o olhar confuso de Yunho para ele. - Mas hoje eles também vão ajudar na montagem das cestinhas, não se preocupe.

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