Ciumeira

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Nem fudendo, que Jungkook era o ômega que sua mãe queria arranjar para Kim Taehyung.

Há meses, ela não parava de falar sobre o quanto ele era doce, educado e trabalhador. Um ômega dos sonhos. Um ômega pra seu irmão.

Kim Jisun, uma alfa que era mãe de dois filhos alfas, Kim Seokjin e Kim Taehyung. Ambos solteiros e pertencentes à alta sociedade, carregavam consigo a herança e o prestígio da família Kim.

Kim Seokjin, viciado em trabalho e CEO da renomada concessionária nacional Tuna.

Kim Taehyung, famoso saxofonista, amante do jazz e da arte.

Além disso, também tinha o ômega Kim Namjoon, primo de Seokjin, era proprietário de várias galerias de arte e estava casado com Jung Hoseok.

Uma família diversificada. Mas que se amavam.

Seokjin sabia que Taehyung havia se envolvido com o primo e o casal, separadamente; seu irmão não lhe escondia nada.

O casal também havia chegado à festa, adicionando uma nova dinâmica ao ambiente. Seokjin observava atentamente a interação entre todos, enquanto continuava no mesmo lugar, onde fora pegar bebida, sem sair de lá.

Havia tomado o que? Quatro copos de uísque puro?

Fica a olhar de longe, sentindo uma pontada de ciúmes quando observa Jungkook conversando animadamente com seu irmão, e ele nem cogitava se aproximar.

Jungkook não era de fato seu para sentir ciúmes. Qual é? Eles haviam se conhecido há cerca de 72 horas.

No entanto, lá estava ele; ansioso, agoniado e incomodado por saber que Jungkook seria o pretendente do seu irmão.

Merda!

O que aconteceu?

O que aquele ômega tinha feito consigo?

À medida que mais pessoas chegavam para o jantar, Seokjin permanecia à margem da cena, observando toda cena.

— Ora, eu tenho 32 anos! — resmungou para si mesmo, como se a idade pudesse fornecer automaticamente imunidade ao ciúmes.

Ciúmes é coisa de adolescentes, não de CEOs bem-sucedidos... Certo? Ele riu consigo mesmo, tentando disfarçar o fato de que, talvez, não fosse ciúmes. Mas no fundo ele sabia até era.

Mas quem disse que a maturidade impede de sentir ciúmes? Seokjin tentava camuflar, mas seu olhar emburrado não passava despercebido.

— O que aconteceu? Por que meu filho está com essa cara? Pelo amor de Deus, pelo menos uma vez na vida, esteja aqui por nós.

— Omma, não começa.

Kim Jisun, uma alfa lúpus, conseguia tudo com uma firmeza impressionante quando se tratava de seus filhos. Ela observou Seokjin de longe e, percebendo a expressão estranha do filho, não hesitou em abordá-lo.

— O que está acontecendo, Seokjin? Por que você está tão distante hoje? Eu posso sentir a tensão no ar.

— Omma, é só um dia complicado no trabalho. Não precisa se preocupar. — Seokjin tentou minimizar.

— Você sabe que não pode me enganar. Me diga o que está acontecendo. — Kim Jisun, nervosa, cruzou os braços.

— Ok, talvez eu esteja um pouco... irritado. A festa, as pessoas, é demais. — Seokjin suspirou e finalmente admitiu.

Somebody | JINKOOK ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora