Capitulo 21: Assuntos mal resolvidos.

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Jordan Clark.

Estamos aqui faz duas horas, mas não senti a hora passar, parece que estamos aqui há meia hora.

O ambiente é completamente romântico com um toque praiano. Luzes amarelas e baixas, mesas quadradas e cadeiras de madeira.

Eu gosto de como a decoração me conforta e me deixa mais próximo de Lizzie.

Gosto de como as luzes realçaram os olhos de Lizzie e que parecia que toda a atenção estava voltada a ela.

— Jordan.— Lizzie me tirou do transe.

— Uhm...oi.— Gaguejei.— Oi, estou ouvindo.

Ela sorri discretamente.

— Onde estava?— Me perguntou.

— Lugar nenhum, só estava analisando a iluminação daqui.— Expliquei e ela riu, na mesma hora, uma mecha de sua franja soltou do penteado, o que na minha opinião só melhorou.

— Então não ouviu minha pergunta?— Lizzie não mexeu no cabelo e isso me deixa genuinamente feliz, porque gosto de como ficou.

— Qual pergunta?

— Sobre ontem.— Minha postura muda.

— Ah...podemos falar sobre ontem.— Me endireito um pouco tenso. Apesar de querer falar sobre e entender tudo, ainda é demais para mim esse lance de ter que falar sobre.

— Por que me beijou?— Liz me perguntou de uma forma curiosa, não indignada ou incomodada, só curiosa.

Fico pensando em várias coisas para responder isso de forma clara e que não soe errado. Quando fico nervoso, falo coisas com duplo sentido sem perceber.

— Porque eu senti que se passar mais uma noite sem te beijar, eu ficaria maluco.— Respondi olhando em seus olhos.

Gosto de como eles brilham, de como são grandes, redondos e azuis, tão azuis que chegava ser quase cinza.

Seu rosto está ficando vermelho a cada segundo.

— E por que?— Ela questionou baixo.

Continuo calmo, mas minha vontade é de responder com outro beijo.

Sua boca estava em um tom de rosa que combinava com o contraste de sua pele, quase como a cor de seus lábios sem maquiagem. Eu me perguntava se minha boca também ficaria com batom se eu a beijasse agora.

Quero descobrir, mas não quero ser indelicado.

— Porque você é tudo o que eu penso em...— Dou de ombros tentando achar um número que resuma o tempo em que estou maluco por Lizzie.— Desde que te conheci, eu acho.— Jogo tudo para o ar.

Acho que já chegamos em um patamar onde não precisamos esconder muito.

Lizzie ainda não sabe o que dizer.

— Você gosta de mim? Além de como uma amiga?— Sua voz soa mais angelical e suave do que normalmente é.

Agora, na minha cabeça, a música da rádio parou, as conversas rasas e o barulho da cozinha pararam.

O mundo ficou em silencio.

Só se ouve as batidas de nossos corações e as palavras delicadas dela.

— Gosto, Liz.— Respondi encarando seus olhos, é como se eu fosse morrer se deixasse de olhá-los.— Admirei e admiro até hoje quem você é. Admiro sua dedicação, seu esforço, seu cérebro, sua maturidade, sua visão do mundo, sua capacidade. Admiro tudo em você.— Confessei e Lizzie escuta atentamente.

𝐂𝐑𝐔𝐄𝐋 𝐒𝐔𝐌𝐌𝐄𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora