Capitulo 10: Não sou mãe de voces.

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Lily Prescott.

Me espreguiço e viro o corpo, quando abro os olhos grito de susto.

— AH, PORRA!!!— Gritei e Alex cai da cama.

Noah levanta de imediato, Jordan apenas ergue a cabeça e eu sinto um travesseiro sendo lançado no meu rosto.

— Cale a boca, vadia!— Harry resmunga de olhos fechados.— Seja la quem for você.

— Merda, Alex!— Falei e o coitado se apoia na minha cama para levantar.

Os meninos aproveitam e levantam também.

Aconteceu o seguinte: Alex estava na cama e eu abri os olhos com seu rosto muito próximo ao meu, então eu assustei.

— O que fazia na cama?— Questionei.

— O que você faz aqui?— Noah me olha nervoso e com o cabelo parecendo que tomou um choque.

— O chão estava muito duro, só vim dar uma afofada.— Ele se senta na cama e eu resmungo.

— Eu devia ter dormido com o japonês gatinho quando eu pude.— Harry levanta resmungando e indo ao banheiro.

— O que está fazendo aqui?Onde estavam?Como entraram?— Jordan faz pergunta em cima da outra.

— Acordamos na praia, ela não conseguiu entrar no quarto das meninas e eu ofereci para ficar aqui.— Alex levanta e coça o olho, mas tropeça na cama dos meninos e cai duro no chão.

Jordan da um riso genuíno, eu mal tenho força para rir, mas foi engraçado pra caralho.

Noah estava tão vermelho de puto que nem riu.

— Bem feito, seu disléxico.— O loiro resmunga ajeitando seu lado da cama.

Foi uma confusão, bati na porta das meninas e elas abriram.

Contei que acordei no mar, Lizzie me deu uma bronca sobre nunca mais sair com Alex, tomei um banho e todos descemos para o café da manhã.

— Ta legal, tem alguns lugares bem legais para visitar hoje.— Lizzie pega o panfleto do hotel e olha com Jordan.

— Eu gosto desse.— Jordan aponta para o panfleto enquanto experimentava um pão estranho.— Eu não gosto desse.— Faz cara de nojo para o pão.— Tinha que ser comida industrializada.

— Ah, vai começar.— Sam tampa os ouvidos, estava de óculos de sol para "abafar a ressaca".

Minha cabeça nunca doeu tanto quanto dói agora.

Decidimos passear pela cidade.

— Ah que bonitinha!— Lizzie fala quando vê uma loja cheia de plantas.

Adoro plantas, adoro comprar plantas, nomeá-las e cuidar como se fossem filhas, mas estou tão dolorida que nem reajo.

— Preciso falar com você.— Maddie me puxa para longe das plantas.

— O que você quer de mim?— Falei com preguiça de tudo.

— Conversei com Noah.

— Ah eu fiquei sabendo.— Brinquei irônica, me lembro desses dois quase se comendo.— Mas conversou mesmo?

— Conversei, nós estamos vendo no que dá, só que acho que não gosto muito disso de só "ver no que dá", eu sei o que eu quero e sei onde isso vai dar.— Maddie me fala como se fosse uma criminosa me vendendo drogas.

— E onde vai dar?— Cruzei os braços.

— Dois filhos, um gato e um cachorro se tudo for de acordo com meu plano.— Ela também cruza os braços.

— Você é maluca.— Olho ela como se fosse psicopata.

— Ei! Eu corro atrás das coisas que eu quero, é isso que sou.— Tenta se defender.

Respirei fundo.

— Tudo bem, Maddie, só não te interno no hospício porque estou nesse caminho de loucura.

Olho para Alex, ele ria e atormentava a vida do pobre Noah que estava absorvendo a ressaca, estático e sem uma expressão.

Como que pode Alex ser o que mais bebeu nessa festa e estar nesse humor?

— E você?— Maddie me tira do transe.

— O que tem eu?

— Ah, por favor! Some com Alex, dorme na cama dele e nada?Impossível não ter rolado um beijinho, uma bitoquinha de nada!— Maddie resmungou indignada.

— Eu diria se me lembrasse. Só lembro de me despedir de vocês, andar mais um pouco e tudo se apagou. — Bufo agoniada com isso.— Provavelmente só dei estrelhinhas na areia e ensinei balé a Alex, lembro de uma conversa assim.

— Ei, meninas!— Lizzie chama.— Nada de se separar! Passaram protetor solar?Lily está ficando branca.

— Ah, deve ser isso.— Murmurei, eu já estava sentindo meu corpo balançar sozinho e tudo rodar.

Andamos tanto, mas tanto que mal sinto as pernas.

— Podemos ir ao hotel?Já cansei de viajar.— Harry resmunga ofegante.

— Estamos indo para o hotel, idiota.— Noah responde ele.

— Ninguém trouxe água?— Sam mal falava de tão ofegante que estava.

Um calor de quarenta graus, todos de roupas curtas e bolsas, sem água nem nada, andando por mais de três horas.

— Não era para Lily ou Lizzie fazer algo assim? — Olivia indaga cansada.

— Vocês deveriam trazer as próprias coisas, não sou mãe de vocês para fazer tudo por todo mundo.— Lizzie briga com nós.

— Não é?— Harry para de andar.

— NÃO!— Lizzie o empurra para andar.

— E Jordan não é nosso pai?— Harry continua questionando.

— Não?— Jordan o responde confuso.— Por que eu seria?

— Você dá comida para nós.— Sam explica.

— Eu uso vocês para que meu restaurante tenha comida boa, isso sim.— Jordan estava la na frente andando.

É lógico, o homem é uma máquina que passa umas cinco horas na academia e duas horas fazendo caminhada.

Ninguém tem esses bração por genética.

Chegamos no hotel cansados demais, compramos — Jordan e Lizzie compraram.— água e sentamos no hall.

— Onde vamos almoçar?— Perguntou Alex.

— O café da manhã foi há duas horas.— Jordan o olha assustado.

— Exatamente, estou morto de fome.— Alex resmunga.

— Também estou com fome.— Concordo.— Lizzie e Jordan, por que não pagam o almoço?

— Por que nós?— Lizzie me olha furiosa.

— Porque vocês são nossos pais.— Maddie explica.

— Estou quase adotando esse cargo, mas ser pai de oito adultos é demais para mim.— Jordan cruza os braços.

— Ei! Vocês estão aqui.— Chloe aparece no hall.— O que estão fazendo?

— Decidindo onde comer.— Noah a responde.

— Estamos indo a um restaurante agora, querem vir?— Lexie aponta para sua frente.

Todos nos olhamos.

— Por mim tudo bem.— Alex se levanta.

— Só vou se Jordan pagar.— Sam vai junto.— E nem reclama porque você é rico.

𝐂𝐑𝐔𝐄𝐋 𝐒𝐔𝐌𝐌𝐄𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora