Capítulo 𝐗𝐗𝐈𝐕

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Diamantes amarelos na luz
Agora estamos lado a lado
Enquanto sua sombra cruza a minha
O que é preciso para ganhar vida
É assim que estou me sentindo, não posso negar
Mas eu tenho que deixar isso passar
Nós encontramos o amor em um lugar sem esperança.

— "We Found Love", Rihanna.

Mais uma noite em claro.
O medo de algo acontecer ao marido outra vez era enorme, mesmo que Chang já estava morto.

Jung acariciava a barriguinha de segundos em segundos disfarçadamente.
Ele tinha o sentimento que o feto ainda estava em seu ventre.

Seu corpo inteiro estava machucado, mas enquanto ele era golpeado, mesmo estando amarrado, impediu de todos os jeitos que Chang tocasse na barriga.

O moreno virou-se para Park, vendo-o lhe observando com um pequeno sorriso nos lábios.

— Você não dormiu, amor? — Jung espreguiçou-se e deu um selinho no outro.

— Estou sem sono, bebê.

Jung virou-se de costas para Park novamente, sabendo bem a causa do companheiro não descansar.

Park era um marido dedicado e muito preocupado.
Preocupado demais.
E isso de certa forma era ruim, pois ele se culpava de coisas que não tinha culpa.

— Você tem que parar com isso, Jimin! — Ele se sentou rapidamente, bufando. — Eu sei que você se preocupa muito, mas o Chang está morto agora!

— Me desculpe Jun, mas é difícil para mim!... — Ditou sincero. — Eu já te expliquei o porquê.

— Eu sei, mas você não pode se prejudicar tanto por minha causa, entenda isso! — Levantou-se da cama e colocou as pantufinhas, se direcionando para fora dali. — E quando o bebê nascer? — Cruzou os braços. — Nós teremos mais responsabilidades e você vai ter que ter energia o suficiente para cuidar dele!...

— Aonde vai?... — Ignorou tudo que Jeon disse, focando apenas para onde ele iria.

— Vou até Seokjin, preciso de falar com ele.

Jeon saiu sem delongas, com pressa e mancando um pouco, em direção à cabana do bruxo.
Quando chegou, bateu duas vezes na porta, o suficiente para que Jin abrisse.

— Bom dia, querido!... — Beijou a testa de Jeon e deu espaço para ele entrar na casa. — O que quer aqui tão cedo?...

— Bom dia, Jin hyung!... — Sorriu pequeno adentrando na cabana. — Eu... queria pedir alguns dos seus livros emprestados!...

— Meus livros? — Arqueou as sombracelhas. — Para quê?...

— Eu queria aprofundar mais meus estudos sobre lobisomens, não adianta eu treinar e treinar sem saber o propósito principal.

— Tudo bem, tudo bem. — Guiou o moreno até sua prateleira de livros. — Pode escolher quais você quer.

Jeon se aproximou da prateleira, passando os dedos sobre os livros, parando em um, em específico.
Um livro grosso e preto, com detalhes esverdeados e roxos.

— Esse é um tipo de guia para lobos, bem complexo de se estudar, você tem certeza?...

— Eu preciso, Jin hyung!... — Sorriu fechado. — Posso levá-lo por um tempo?...

— Claro! — Assentiu. — Mas tem que seguir direitinho o que ele diz, certo?...

Jeon assentiu freneticamente e logo saiu dali.
Ele estava focado sobre o que faria, querendo Park ou não.

A LENDA DO CURUPIRA • jjk+pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora