Capítulo 𝐗𝐗

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Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
Pode o outono voltar
Que eu quero estar junto a ti
Por que (é primavera)
Te amo (é primavera)

— "Primavera", Tim Maia.

Tempos depois do casamento e da lua de mel que o casal passou fora, finalmente voltaram para o vilarejo, e assim Park conversou com o bruxo sobre o interesse de Jeon em saber mais de si e sua vontade de ajudar na alcateia.
E para a surpresa de ambos, Jillian resolveu ficar no vilarejo, voltando sua relação com o homem que ela nunca deveria ter saído do lado.

Os testes começaram, as dúvidas vinham sendo esclarecidas e mostravam coisas diferentes em Jeon, algo que nunca viram em outros lobisomens lupus.

— Jeon é um ômega raro, devido o cruzamento de um humano com um lobo. Ele tem elementos que outros lobos são incapazes de ter.

— Como assim? — Park perguntou confuso.

— Ele pode ter ou não cios, e também pode ser que ele...

— Diga! — Jeon respondeu aflito pela pausa repentina de Seokjin.

— Pode ser que ele seja incapaz de engravidar... — Sua voz soou baixo.

— C-Como? — Jeon perguntou com a voz trêmula encarando Park, que estava aparentemente calmo. Embora o moreno soubesse que o marido sabia esconder muito bem as emoções.

Os olhos de Jeon encheram-se de lágrimas e então ele logo saiu dali, não conseguindo conter o choro.

Por que tudo dava errado?
Por que tudo era culpa dele?
Por que ele sempre conseguia estragar tudo?

— Eu sinto muito... — Seok ditou baixo, encarando Park, que estava a ir atrás do marido.

— Amor, acalme-se. — Park disse calmo, caminhando em passos ágeis atrás de Jeon.

Jeon entrou na cabana e fechou a porta antes que o ruivo conseguisse entrar, trancando-a e colocando seu corpo contra a porta, para impedir que ela abrisse, mesmo a forçando.

— Jun, abre aqui, vamos conversar!...

Os soluços abafados do moreno eram ouvidos do outro lado da porta.
Ele de fato não queria conversar.

E aquele sentimento melancólico vinha novamente, lhe atormentando.

— Por favor Jun, abra a porta e vamos conversar. — Deu duas singelas batidas na porta amadeirada.

Após muita insistência, o moreno finalmente abriu a porta, desviando o olhar para outro canto da casa, evitando encarar Park.

— Por que está chorando? — Acariciou o rosto do outro, dando-lhe um selinho.

— Eu... não posso lhe dar descendentes Ji, sendo que o seu maior sonho é ser pai!... — Suspirou encarando o ruivo. — Eu sempre estrago tudo!...

— Isso não é um problema, amor.

— Lógico que é!

Park negou.

— Isso é um talvez não passamos ter filhotes, e não uma certeza.

A LENDA DO CURUPIRA • jjk+pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora