Capítulo 𝐗𝐗𝐕

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As minhas palavras valem pouco
E as juras não te dizem nada
Mas se existe alguém que pode
Resgatar sua fé no mundo, existe nós
Também perdi o meu rumo
Até o meu canto ficou mudo
E eu desconfio que esse mundo já não seja tudo aquilo
Mas não importa, a gente inventa a nossa vida
E a vida é boa com você.

— "Partilhar", Anavitória e Rubel.

A barriga crescia cada vez mais.
Todos estavam animados para a chegada do bebê, e a curiosidade também não ajudava, ninguém sabia o sexo do bebê.

Uns chutavam ser uma menininha, e outros que era um menininho.
Sung, o pai de Jeon jurava de pé junto que seria um garoto.

Mas infelizmente, descobririam isso apenas no dia do nascimento dele, ou dela.

Todas as noites Park acariciava e conversava com barriga, se deitava abraçado à Jeon, e sempre o ajudava no treinamento das transformações, até ele ficar bom o suficiente e aprendesse a se transformar sozinho, quando ele bem quisesse.
Mas apesar do ânimo, a gravidez trazia muito cansaço e deixava Jun desanimado.
Sempre estava com dor nas costas, muito manhoso e só queria saber de ficar deitado.
Yoongi estava certo.

Sem contar os desejos malucos que Jung tinha.
E bota maluco nisso.

Peixe cru com terra molhada era o mais popular.
Jimin quase chorava implorando para que o marido não comesse. E esse era um dos principais motivos deles quase sempre brigarem.

— Você não vai comer isso e ponto final! — Park bufou o encarando.

— Jiji!... — Choramingou manhoso. — Eu quero muito!...

— Não e não! — Jogou fora o peixe que Jeon tinha pegado por conta própria e o pequeno potinho com terra, vendo o moreno chorar em pura birra. — Você comeu isso uma vez escondido, e não vai fazer isso outra vez!

O desespero do ruivo só aumentava.
Não sabia mais como controlar Jeon.

Chegou a cogitar em deixá-lo amarrado na cama, mas do jeito que era, ele com certeza comeria as cordas e daria um jeito de sair.
Jimin tinha que ficar de olho no moreno 24 horas por dia.

Não faltava muito para o bebê nascer, e por mais que o Jeon estivesse bem exausto e desanimado pela gravidez, ele não parava quieto.
O ruivo recorria para todos os lados, ervas calmantes, alguns feitiços de Seok, absolutamente tudo.

— Jun, por favor, colabore!... — Park suspirou se sentando ao lado de Jeon, que estava deitado e encolhido do outro lado da cama. — Eu estou tão cansado!...

De fato.

— V-Você está cansado... de mim?... — Ele soluçou se virando para o ruivo.

— Não, Não é isso, Jun!... — Negou freneticamente. — Eu só-

— Aish, não precisa dizer mais nada! — Ele fungou outra vez e saiu da cabana batendo o pé e fungou outra vez, agora Park deduziu que ele estava realmente chorando, mais uma vez.

— Amor, por favor!... — Ele foi atrás do marido, o encontrando sentado num dos degraus da cabana. — Ficar nessa posição vai te fazer mal, Jun.

Seus joelhos estavam dobrados, prensando a barriga.

— Você está cansado de mim, portanto me deixe aqui, quietinho no meu canto.

— Eu não disse isso, você que pensa assim. — Ditou calmo, caminhando para o lado do moreno. — Falta pouquinho para o nascimento do nosso filhote.

A LENDA DO CURUPIRA • jjk+pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora