14 - Desayuno

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14. Desayuno

[Tradução: Café da manhã]

— Buenos dias! — Roier disse animado, saindo do quarto ainda se espreguiçando.

Mesmo que fosse tentador, com o dia chuvoso, o mexicano resolveu se levantar da cama. Estava eufórico com tudo que havia acontecido em seu encontro e precisava mesmo contar a alguém. Não aguentava de ansiedade, rolando nos lençóis, ainda morrendo de sono. Afinal, havia dormido por pouquíssimas horas.

Jaiden e Bobby estavam na mesa. Almoçavam macarrão com queijo, enquanto conversavam sobre a Festa Junina e as fofocas que o menino conseguiu arranjar. Naquele momento, porém, o garoto contava animado sobre os feitos da barraquinha do Correio Elegante, enquanto sua mãe o parabenizava.

— Bom dia. — Os dois na mesa responderam.

Roier se aproximou da mesa. Bagunçou os cabelos de Bobby, o dando um beijo no topo de sua cabeça  — carinho que Bobby reclamou e se debateu contra. Mesmo assim, o mexicano continuou em frente, sem se deixar abalar, e foi até Jaiden e a abraçou.

— Que carinho repentino é esse? — Ela perguntou entre alguns risos, sentindo o amigo enterrar a cabeça em seu pescoço.

— Acordei de bom humor. — Se desgrudou da mulher, se sentando na cadeira de frente para Bobby.

— Você chegou que horas ontem?

— Cheguei às seis da manhã. — Sorriu sem jeito, sabendo a bronca que iria levar.

— Nessa chuva? — Jaiden reclamou, como a boa mãe que era. Bobby riu da situação, achando graça seu protetor ganhar bronca tal qual uma criança.

— Nós até esperamos a chuva parar, mas não parou. — Deu de ombros, coçando a nuca.

— Epa! Nós? — Jaiden estava confusa enquanto Bobby tentava segurar o riso. — Você sabe sobre algo? — Questionou ao menino.

— Richas me contou.

— Sou a única que não sei? — Se chocou, olhando de Bobby para Roier. Os dois deram de ombros, não sabendo o que fazer para amenizar a frustração de Jaiden.

A garota suspirou. Não poderia mudar o passado e se inserir na fofoca. Bastava aceitar que, mais uma vez, ela havia sido deixada de escanteio. Estava tudo bem. Ela mesmo se afastava às vezes. Não poderia culpá-los por isso.

— Com quem você estava? — A pergunta era tudo que Roier precisava ouvir para começar a sorrir.

— Eu estava com o Cellbo! — Deu pequenos gritinhos de felicidade, que foram acompanhados por sua melhor amiga.

— Ah meu deus, conta tudo!

E foi o que Roier fez.

Contou a respeito de tudo. Do começo de sua noite até o fim. Deixou de lado algumas conversas mais profundas, mas enfatizou o quanto Cellbit foi atencioso e carinhoso durante a noite inteira, até o permitindo falar em espanhol. Cada momento fofo lembrado, era um surto coletivo novo.

Os abraços.

Os beijos na bochecha.

Eles deitados juntos, apreciando músicas.

Tudo era tão perfeito. Roier não se arrependia de nada, como costumava fazer toda vez que saía com alguém. Com Cellbit era mais fácil. Ele não precisava se martirizar por ter dito algo errado.

Ele estava em êxtase puro. Ainda se lembrava de seu toque, das suas palavras suaves e de seu jeito tão fofo de ser. Ele adorava passar horas com o cabeludo, não importando muito a atividade que fariam.

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