PRÓLOGO

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▪Emma Nakamura, 13 anos▪
-"Sou Emma Nakamura, tenho 13 anos e matei 15 pessoas até agora."

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Minhas mãos vão até o sabonete novamente, parece que não importa o quanto eu esfrego, nunca sai

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Minhas mãos vão até o sabonete novamente, parece que não importa o quanto eu esfrego, nunca sai. O sangue está manchando minhas mãos, ele não sai, nunca.

Meus olhos enchem de lágrimas com a frustração.

Sai, sai, sai!

Ele não sai. Nunca vai sair. Porque sempre vai manchar novamente.

Sou Emma Nakamura, tenho 13 anos e matei 15 pessoas até agora.

Meu pai é um espião, minha mãe uma assassina. Que destino teria uma filha desse casal? A resposta é simples: O caos.

Se o pai espiona e rouba, a filha também vai espionar e roubar. Se a mãe mata e tortura, a filha também vai matar e torturar. É assim que funciona.

Caos...

Tragédia...

Dor...

-Por que...? _ lágrimas rolavam pelo rosto branco da morena.

Quanto mais tentava tirar, mais parecia convencida que não iria sair.

Em um momento paro e me agacho no chão me deixando soltar o choro que tanto tentava segurar.

-Por que tem que ser assim? Por que eles me fazem fazer isso? _A pequena Emma se perguntava, ela não entendia o por quê tinha que fazer essas coisas, espionar, roubar, matar e torturar.

A menina sentia raiva de tudo isso mas amava seus pais, não tinha coragem de fazer algum mal ao meus pais.

-Emma? _uma voz feminina foi ouvida do lado de fora do banheiro fazendo a pequena garotinha parar com seus soluços de choro. Era sua mãe.

-Sim...? _perguntou com a voz embaganhada pelo choro.

-Seu pai está chamando você a tempos. Ande e vá ver oque ele quer! _A voz da mãe da garota soa impaciente e irritada.

-Já estou indo! _avisa se levantando e enxugando o rosto cheio de lágrimas.

A menina sabia que tinha que ir logo até seu pai, ele odiava esperar.

Me apreço para ir até o escritório de papai, quase corria pelo corredor da enorme casa da família. Chego na porta do escritório do papai e bato nela, entro ao ouvir a permissão para entrar.

-Oi, papai. Mamãe falou que o senhor estava me chamando. O que deseja? _A pequena garotinha de cabelos pretos pergunta com o olhar no chão.

-Garota insolente. _resmunga. -Estava lhe chamando a tempos! Por acaso é surda, garota? _exclama irritado.

A garotinha se encolhe com a voz aguda do homem sentado atrás da mesa. Ela não responde porque sabe que se responder será pior.

Silêncio....

-Ainda bem que você irá embora logo... _o homem sussurra mas a garotinha ouve.

-Hã?

-Arrume suas coisas, irá sair hoje mesmo ao anoitecer. _o adulto disse simples sem demostrar alguma importância.

-Para onde eu vou papai? _A menina pergunta confusa.

- Para um lugar onde não terei que vê-la novamente. _o homem da um sorriso maldoso.

Foi assim que eu acabei sendo forçada a ir para meu quarto e arrumar uma pequena mala de roupas antes do anoitecer.

Quando o sol foi embora, um carro parou em frente a enorme casa e um homem de cabelos pretos entrou no salão de entrada. O homem era bastante alto e com um físico esguio. Ele tinha cabelos pretos lisos na altura do queixo, cabelo solto e duas mechas caíam sobre sua testa.

Ele vestia uma camisa roxa de botões, gravata preta, calça preta, sapatos pretos e um longo casaco branco. Típico de um médico, na casas dos 30.

A garotinha se sentia desconfortável na presença do médico enquanto o mesmo conversava com seus pais. Ela não prestava atenção na conversa, não iria fazer diferença, ninguém ligava para oque ela achava.

No momento seguinte eu estava dentro de um carro preto com o médico estranho. Descobri o nome do médico moreno, Mori Ōgai. 

Mori Ōgai...

Esse nome rodava em sua cabeça durante toda viajem de carro até um enorme prédio. A garota apertava sua espada, buscando conforto no objeto afiado.

-Que enorme... _A menina mumurrou quando desceu do carro preto e viu o enorme prédio. Mori deu um sorriso presunçoso. A garota sabia que sua vida iria mudar drasticamente....

Fim do prólogo, continua a história...

Malditos Cães sem Donos! -Emma NakamuraOnde histórias criam vida. Descubra agora