CAPÍTULO 05

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▪Emma Nakamura, 21 anos▪
-"O que pode dar errado?"

°°°

A cena era: Atsushi sentado numa cadeira olhando pra mim e Dazai, Kunikida digitando algo no computador e Tanizaki sendo agarrado por Naomi. Tudo isso acompanhado de um silêncio ensurdecedor. Mas enfim, meu celular começa a vibrar, uma ligação.

Olho o número, vejo o nome: "Ruivinho", logo sei quem é o dono da ligação.

-Com licença. _peço enquanto caminho em direção ao lado de fora da sala.

-Vamos descer para a lanchonete. _avisa Kunikida.

-Não esperem por mim. _digo já abrindo a porta antes de passar pela mesma à fechando.

Ignoro os olhares interrogativos e curiosos. Principalmente o de Dazai.

Atendo a ligação e pego o elevador para o lado de fora da agência.

-Alô? _deixo minha voz calma.

-Finalmente resolveu atender essa porra! _A voz de Chuuya sai irritada do outro lado.

-Tava trabalhando aqui Chuuya... _suspiro revirando os olhos.

-Já falei pra colocar som nessa merda de celular, Emma! _A frase sai tão alta que acabo afastando um pouco o celular do meu ouvido.

-E eu já falei que tava trabalhando desgraça! _exclamo de volta enquanto já caminho pela rua de Yokohama.

-Tanto faz. Mas um dia quando alguém estiver morrendo e ligar para você, é capaz da pessoa morrer se depender de você atender a ligação do celular. _Chuuya resmunga e sou capaz de ouvir seu suspiro irritado.

-Por isso eu digo para não ligarem para mim se estiver morrendo. _me sento em um banco da praça. -Se tiver morrendo ligue para a emergência, ambulância, corpo de bombeiro ou polícia.

-Idiota. _ouço o ruivo resmungar. -Não perca minha ligação da próxima vez.

-Não me comprometo, Chuchu. _dou uma risada ao ouvir o ruivo gritar um "Ei". -Afinal, onde você está? Faz tempo que não nos vermos no porto de Yokohama.

-Tô na Itália, resolvendo uns trabalhos.

-Uhm, Itália. Coma muita pizza, lasanha e beba muito vinho e café por mim, Ruivinho! _faço uma voz mais alegre e pidona. -Não esquece da minha lembrancinha! E honre eu e diga "Mamma mia!" em algum momento!

-Pode deixar. _Nakahara ri.

-Ei, você sabe falar italiano?!

-Um pouco.

-Dúvido. _provoco. -Me mostre.

-Mi serve, puttana.

-Por que eu sinto que não gostei do que você disse? "Puttana", Chuuya Nakahara é melhor não ser o que eu penso! _exclamo irritada.

-Vou dizer outra coisa então. vai. In un mondo pieno di scelte, ti sceglierei ogni volta, mia Regina.

-Legal, o que significa? _pergunto um pouco confusa, porém impressionada com o italiano do ruivo.

-Quando descobrir me conta.

Malditos Cães sem Donos! -Emma NakamuraOnde histórias criam vida. Descubra agora