Changing Tides (Larry Stylinson)

Capítulo V

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༄｡°

(Harry)

Eu acordo no dia seguinte com uma dor aguda sobre meu olho direito e a consciência de que há algum tipo de laser ardente mirando em meu rosto.

"Ungh," murmuro. "Faça a luz sumir. Está muito quente."

Uma voz calorosa e rouca com um sotaque espanhol vem do meu lado direito. "Como você é volúvel, Harry. Na noite passada, você estava preparado para lutar por essa cama."

Eu abro cautelosamente um olho. Harry está deitado de lado em sua cama me encarando. Ele parece um pirata muito sexy — barba por fazer, peito peludo e seus cabelos sedosos e escuros por toda parte. Embora Long John Silver nunca tenha usado cuecas Calvin Klein e tivesse uma manicure da qual Kate Middleton se orgulharia.

"Tenho certeza de que nunca teria brigado por uma cama e uma vista", murmuro. "Tudo parece ser muito energético para alguém que bebeu cinco garrafas de vinho."

Ele ri, o som muito intenso na sala silenciosa. "Foram quatro taças. Você é muito leve."

Eu sorrio e fecho os olhos, ouvindo o som da brisa vindo pelas portas abertas da varanda. "Que horas são?" Eu pergunto finalmente.

Ouço movimento enquanto ele pega seu relógio e depois uma exclamação de surpresa. "São dez da manhã."

"E isso é o fim do mundo?"

"É incomum. Eu não durmo até tão tarde há anos. Normalmente, estou de pé às cinco."

"Isso parece muito saudável. Estamos de férias." Abro um olho novamente. "Bem, não exatamente. Estamos em férias falsas. Mas até pessoas falsas precisam fingir cochilos de vez em quando."

"Isso é terrivelmente complicado."

"E essas são palavras muito grandes para uma pessoa de ressaca compreender."

"Vou pegar alguns comprimidos para você." Ele sai da cama, e eu forço os dois olhos abertos, melhor para dar uma espiada nele naquelas cuecas. Elas são boxer brancas e muito justas, grudadas em suas nádegas firmes.

Ele mexe nas coisas no banheiro, e eu fecho os olhos virtuosamente enquanto ele sai. Eu adoraria ver a frente, mas posso me envergonhar e babar.

"Aqui estão", ele diz.

Eu me sento, pego os comprimidos e uma garrafa de água antes que ele suba de volta na cama num piscar de olhos, exibindo sua pele bronzeada e pernas longas.

"Nos divertimos?" Eu pergunto depois de tomar meu tratamento salvador e me acomodar de volta nas cobertas quentes. Eu mordo meu lábio, me sentindo subitamente preocupado porque minha memória da noite está muito confusa. Espero que ele não tenha precisado me colocar para dormir. Isso seria a maior humilhação. "Diga-me que eu fui uma boa companhia pelo menos."

"Oh." Ele para e limpa a garganta. "Você não se lembra?"

A sensação de alarme percorre meu corpo. "Lembrar de quê?" Eu pergunto, me sentando e imediatamente colocando uma mão na cabeça para impedir que exploda. "Não me recordo muito além da segunda garrafa de vinho. Meu deus, o que eu fiz? Tirei a roupa no restaurante?"

Ele me encara. "Você costuma fazer isso?"

"Até onde eu sei, não, mas há uma primeira vez para tudo."

Ele morde o lábio, um brilho de humor aparecendo. "Que filosófico."

Eu me pergunto se seu estranho humor é porque eu o decepcionei. "Nós deveríamos estar trabalhando, e eu fiquei bêbado. Me desculpe. Você pode descontar o meu salário do dia."