Changing Tides (Larry Stylinson)

Capítulo VII

Não esqueçam de deixar o voto e comentar. 💗

༄｡°

(Harry)

Os próximos dias passam voando, e antes que eu perceba, estou acordando no meu último dia em Maiorca.

Eu deito nos lençóis quentes, sentindo o sol no meu rosto e ouvindo o som das ondas pelas portas abertas da varanda.

Meu último dia.

Sinto uma dor no estômago e viro, olhando sem ver para a parede. Até amanhã à noite, estarei de volta ao meu pequeno apartamento apertado, e no dia seguinte estarei sentado na minha cubícula sombria no trabalho, deixando as pessoas gritarem comigo pelo telefone. Não vou ouvir o mar quando acordar. Apenas o som do tráfego e do Sr. e Sra. Tinton no apartamento de baixo discutindo. Não verei o céu azul e a luz do sol no mar. Mordo o lábio. Não verei o Louis.

A umidade se acumula nos meus olhos. Eu concordei com os planos dele para esta semana, pensando apenas nas boas lembranças que eu teria, e agora sei que a única coisa que ganhei é um coração partido.

Reviro os olhos. Estou agindo como uma heroína de um daqueles antigos livros da Mills and Boon. Eu encontrava uma espécie de refúgio lendo-os. Um conforto porque as pessoas se conheciam e se apaixonavam, e sempre terminavam felizes para sempre. Sou um romântico mal disfarçado, e sempre estive convencido de que talvez um dia, com sorte, eu encontraria um homem a quem pudesse dar todo o meu amor. Infelizmente, essa natureza romântica combinada com o fato de que eu não tenho ninguém meu me levou a me apegar demais às pessoas. Eu lhes daria todo o meu carinho quando eles nunca pediram por isso, e o resultado era que eles fugiam mais rápido do que Boris Johnson de uma escova de cabelo. Parece que eu nunca aprendia a lição e faria isso com a próxima pessoa e depois com a próxima e assim por diante. Até o infinito.

Louis  não é o certo para mim. Ele não ficará triste quando eu voltar para casa. Ele apenas partirá para a próxima distração. Espero que ele olhe para o nosso tempo juntos com carinho e se lembre de mim afetuosamente, mas apenas uma vez, eu gostaria que alguém quisesse que eu ficasse. Quero que alguém sinta a minha falta quando eu for embora.

"Esqueça isso, Harry", eu digo. Jogo os lençóis para trás e entro no banheiro para ligar o chuveiro. Eu tenho um dia e uma noite restantes com o Louis, e vou aproveitar ao máximo. Hoje, vamos visitar um hotel do outro lado da ilha, e ele prometeu um piquenique.

Meia hora depois, uma batida na porta faz meu coração acelerar. Corro até lá e abro.

"Você está adiantado", eu digo ofegante, notando a aparência do Louis. "Isso não parece roupa de inspeção de hotel."

Ele está usando uma camiseta branca e um par de shorts caqui desbotados pelo tempo. Sapatos de convés de couro desgastados estão em seus pés e o relógio sempre presente está preso no pulso. Ele parece dourado e feliz, seus olhos azuis brilhando no sol da manhã e seu cabelo bagunçado por uma volta no jipe.

Ele entra e fecha a porta atrás de si, certo de seu convite. Ele deveria estar. Eu praticamente estendo o tapete vermelho quando ele aparece.

"Isso porque hoje não estamos vendo hotéis", ele diz.

"Não estamos? Você disse que sim."

"Harry, é o seu último dia. Você honestamente acha que vamos passá-lo trabalhando?"

"Sim", eu digo ofegante, como se, com essas palavras, ele tivesse confirmado que estou partindo. Como se a passagem de avião na minha bagagem não fosse suficiente.