Changing Tides (Larry Stylinson)

Capítulo XII

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༄｡°

Uma semana depois

(Harry)

Estou sentado na varanda do apartamento, observando o movimento agitado da hora do rush no canal, quando ouço Lou chamar meu nome. Meu coração dá um salto de excitação, e eu o chamo. "Estou aqui fora."

Ouço o som de passos, e ele aparece. Parece exausto, linhas de cansaço marcadas em seu rosto ao lado do nariz, e seus adoráveis olhos azuis estão sombreados. Não fico surpreso. Na última semana, mal o vi. Ele sai às cinco da manhã e geralmente volta às dez ou onze. Sinto saudades dele desesperadamente, mas mantive a boca fechada. Não estamos em um relacionamento, então não posso pedir para ele voltar mais cedo. Sou apenas um hóspede em sua casa. Ele permitiu que eu ficasse aqui para ver Veneza, e ao longo da última semana é exatamente o que tenho feito.

"Você parece tão cansado", digo, levantando-me da cadeira.

"Pensei que ainda estivesse fora. Não consegui te ver no apartamento", resmunga, afundando na confortável cadeira de vime com almofadas vermelhas brilhantes. Ele dá uma segunda olhada. "Por que sua cadeira está assim, enfiada de um lado na varanda?"

Eu tinha movido a cadeira para que qualquer pessoa entrando no ambiente não me visse. É o meu esconderijo. E quando digo qualquer pessoa, estou falando da irmã dele. Ela é um pouco como um gato, e eu sou o rato com o qual ela está brincando no momento. Agora entendo por que Lou é tão distante dela. Ela é cruel e entediada, e isso é uma combinação terrível.

Ela entra no apartamento, mexe nas coisas inquietamente e me conta tudo sobre os homens de Lou. Em seguida, enquanto está em pleno fluxo, ela intercala o comentário com observações sobre minha juventude e inadequação. Tudo é feito com uma encantadora atitude de travessura, como se estivesse confidenciando algo a mim. No início, não percebi seu jogo e passei o segundo dia me sentindo muito mal. Mas sou um aprendiz rápido. Daí minha manobra com a posição da cadeira. Ela não pode me ver da porta do apartamento, então estou seguro. Leio aqui fora e passo horas observando a vida na água. É fascinante.

Lou está me encarando, aguardando uma resposta, então digo alegremente: "Está protegida do vento. Está esfriando."

Se ele estivesse alerta como sempre, perceberia minha mentira imediatamente. Como está, seus olhos ficam um pouco mais afiados, mas antes que ele possa dizer algo, os gritos recomeçam.

"Que porra é essa?" Ele diz, sentando-se reto como se tivesse levado um tiro.

Eu rio, puxando a outra cadeira e sentando ao lado dele. Levanto as pernas e apoio meus pés na varanda, pegando meu pacote de batatas fritas novamente. "Eu sei. Isso aconteceu durante toda a tarde com intervalos de abençoado silêncio."

Mastigo minhas batatas fritas enquanto ele ouve sua madrasta gritar pelas portas abertas da varanda acima de nós.

Seu discurso contém muitos palavrões e um comentário venenoso sobre a suposta virilidade do pai dele. Eu bufo. "Eu não sabia que o pênis do seu pai estava prestes a cair. Vou ter muito mais cuidado ao andar atrás dele no futuro."

Ele faz uma careta. "Seria um grande favor para todos nós se isso acontecesse." Ele olha para mim enquanto os gritos se intensificam. "Minha madrasta é um anjo em forma humana."

Começo a rir. "Tenho que admitir o quanto estou impressionado. Ela não repetiu uma única palavra de baixo calão em quatro horas. É uma linguagem da qual um marinheiro se orgulharia."