Changing Tides (Larry Stylinson)

Capítulo XVI

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༄｡°

(Harry)

Estou sentado na sacada quando Lou se mexe. Olho para ele e o vejo se esticar, soltando um som de dor e desagrado. Apesar de mim mesmo, sorrio um pouco. É um som tão universal de ressaca, e parece estranho vindo do Lou. Ele se senta, esfregando os olhos. "Harry?" Ele diz imediatamente, olhando ao redor.

"Estou aqui fora", digo baixinho.

Ele joga os lençóis para trás e sai da cama, balançando um pouco antes de caminhar até mim.

"Louis", eu suspiro. "Você está completamente pelado."

Ele faz um gesto displicente. "Se alguém está gastando tempo me espionando, então verá o que ver."

"O que está tudo bem e é muito louvável, se você não estivesse em pé numa sacada na frente de trinta mil turistas."

"Sempre exagerando." Ele me olha com olhos avermelhados. "Você está bem?"

"Estou bem", digo com firmeza. "Por quê?"

"Você está acordada cedo, e parece pensativo."

Dou de ombros. Só consegui dormir uma hora ou duas. Estava ocupado tentando fixar a imagem dele na minha cabeça. "Eu acordei cedo", digo. Pego a manta que está na parte de trás da minha cadeira e jogo para ele. "Aqui, coloque isso antes de escandalizar alguém." Mordo meu lábio. "Não que vá ser um grande problema esta manhã."

"Por quê?" Ele estreita os olhos em óbvia dor de pensamento e depois desaba numa cadeira. "Merda", ele diz. "Eu esqueci."

Eu o encaro com simpatia. "Está em todos os jornais italianos, Lou. Meu italiano não é brilhante para leitura, mas as fotos e as manchetes no Google dizem muito."

"Mas você está bem?" Ele pergunta sinceramente.

Eu pisco o olho. "Você me ouviu? Está em todos os jornais que você brigou com Julio."

Ele balança a cabeça. "Você teve uma noite ruim. Desculpe."

Contra a minha vontade, a esperança surge. Certamente, ele se importa comigo se esse é o primeiro pensamento dele. Não sua família, não o escândalo. Apenas eu. Penso nos meus planos, e pela primeira vez nesta manhã, hesito. Abro a boca para dizer alguma coisa, mas nos viramos quando a porta do quarto se abre e passos vêm em nossa direção.

Lou olha para trás de mim e geme. "Eu não estou sofrendo o suficiente com essa ressaca para ter que falar com ela?"

Eu franzo a testa quando vejo a irmã dele. "Você não tem sorte. Ela estava na boate."

Ele não tem tempo para responder porque ela aparece na sacada. "Irmão", ela diz.

"Por que você está aqui assim, Francesca? Você não bate mais e pede para entrar?" Ele exige em tons mal-humorados, e de alguma forma, apesar de cheirar a álcool e estar nu na sacada apenas com uma manta, ele parece um rei se dirigindo a um súdito.

Reviro os olhos. Deve ser o superpoder secreto dele.

A irmã dele lhe entrega um copo de papelão. "Triplo espresso do jeito que você gosta", ela diz. "Passei na cafeteria da esquina para você."

Ele pega cautelosamente, mas faz um som satisfeito ao dar um gole. Posso quase ver a vida fluindo de volta em suas veias. Italianos e seu café. Finalmente, ele abaixa o copo e olha para a irmã, que se ajeitou elegantemente contra a balaustrada. "Por quê?" Ele diz. "E não diga que é porque você é gentil, porque ninguém acreditaria nisso."