Um assassino está à solta em Hogwarts e está de olho em um prêmio, ou vítima - ₊ ⊹ ᴠᴏᴄᴇ̂.
A cada carta, a cada pista, o jogo se torna mais perigoso. Mas em Hogwarts, onde o perigo e a magia andam lado a lado, quem será a última peça no tabuleiro?
1°...
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A manhã seguinte ao incidente na Floresta Negra nasceu cinzenta, mas parecia mais escura do que qualquer tempestade poderia explicar. Um nó no meu estômago me manteve imóvel na cama por vários minutos. Havia algo errado. Um pressentimento tão estranho quanto inquietante.
Eu olhei ao redor do dormitório de Sonserina, tentando afastar o desconforto. As cortinas pesadas filtravam a luz de forma quase opressiva. A cama de Pansy estava vazia. Isso era raro. Ela costumava ser a última a sair, sempre enrolando antes do café da manhã. Meus olhos pousaram em algo no meu criado-mudo: cartas, arrumadas de forma meticulosa. Franzi o cenho. Não tive coragem de tocá-las ainda.
Sem apetite ou disposição para encarar o Salão Principal, decidi sair para apanhar ar fresco. Talvez ver meu pai, Snape, ajudasse a clarear a mente. Ele sempre tinha respostas, mesmo que de forma irritantemente enigmática.
Os corredores de Hogwarts estavam relativamente calmos, mas o peso em meu peito só aumentava. Eu andava distraída, perdida em pensamentos, até que um grito cortou o silêncio, ecoando de forma aterrorizante. Meu coração pareceu parar por um momento, mas minhas pernas, por reflexo, começaram a se mover.
Apressada, cheguei a um grupo de alunos que se aglomerava perto da entrada principal, sussurros e murmúrios enchendo o ar como uma maré crescente. Minha respiração ficou rápida e superficial, e eu lutei para manter a compostura.
- O que está acontecendo? - perguntei, forçando minha voz a soar firme enquanto me dirigia a um colega próximo.
Ele olhou para mim, pálido como pergaminho. Sua voz era um fio trêmulo quando respondeu: - Encontraram a professora Sprout morta na Floresta...
Minha mente disparou. Um calafrio percorreu minha espinha. Ela havia demorado mais do que o usual na estufa, e eu sabia que ela também estivera na floresta na noite passada. A memória me atingiu como uma azaração. Draco também estava lá.
O pavor se misturou à culpa enquanto a multidão à minha volta se tornava opressiva. Precisava sair dali. Dei um passo para trás, perdida, quando minhas costas bateram em alguém.
- Desculpa! - murmurei rapidamente, me virando, apenas para dar de cara com Draco. Ao seu lado, Mattheo me encarava com curiosidade, seus olhos escuros avaliando cada nuance da minha expressão. Fiquei paralisada por um instante, com a mente cheia de perguntas que eu não conseguia organizar.
- Ei, o que aconteceu? - Mattheo perguntou, inclinando a cabeça ligeiramente. Sua voz era baixa, mas carregada de interesse genuíno. Quando não respondi de imediato, ele insistiu: - Sn?
Pisquei algumas vezes, tentando voltar à realidade. Era impossível ignorar o peso do olhar de Draco sobre mim, mas, finalmente, minha voz encontrou uma saída.
- Encontraram a Professora Sprout... morta.
As palavras saíram num sussurro trêmulo, mas o impacto foi audível. Mattheo franziu as sobrancelhas, surpreso, enquanto Draco permaneceu em um silêncio perturbador. O peso de seu olhar parecia queimar minha pele.