Um assassino está à solta em Hogwarts e está de olho em um prêmio, ou vítima - ₊ ⊹ ᴠᴏᴄᴇ̂.
A cada carta, a cada pista, o jogo se torna mais perigoso. Mas em Hogwarts, onde o perigo e a magia andam lado a lado, quem será a última peça no tabuleiro?
1°...
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"Quem é?" Minha voz soou mais hesitante do que eu gostaria, enquanto eu permanecia parada diante da porta fechada. Meu coração batia forte, um instinto de alerta me dizendo que a última coisa que eu precisava agora era outra surpresa. Eu rezei, silenciosamente, para que não fosse Bellatrix. Qualquer um, menos ela.
"SN... precisamos conversar."
A voz do outro lado era inconfundível. Draco.
Eu fechei os olhos por um momento, soltando um suspiro pesado. Nós ainda estávamos chateados, e não era sem motivo. Desde a confusão na Floresta Negra, desde a morte da professora na estufa, algo entre nós havia se quebrado. Não nos falamos direito desde então.
Apesar de toda a consideração que eu tinha por Draco, algo dentro de mim continuava gritando que ele estava escondendo a verdade. Se ele não tivesse matado a professora, ele simplesmente contaria o que estava fazendo na Floresta Negra naquela noite. Mas ele nunca disse nada. E quem diabos vai para uma floresta escura, perigosa e amaldiçoada apenas para "passear", ainda mais quando há um assassino à solta?
Eu hesitei antes de abrir a porta, mas no fim, girei a maçaneta. Draco estava parado ali, com as mãos nos bolsos e uma expressão indecifrável. Seus olhos encontraram os meus, e por um instante, vi um relance de hesitação nele também.
"Você vai me deixar entrar ou vamos ter essa conversa aqui no corredor?" Ele perguntou, o tom um pouco impaciente, mas não agressivo.
Revirei os olhos, mas dei um passo para o lado, permitindo que ele entrasse. Ele caminhou para dentro do quarto como se estivesse medindo o ambiente, como se estivesse decidindo se essa era mesmo uma boa ideia.
Fechei a porta atrás de mim e cruzei os braços. "Se veio aqui para me convencer de que é inocente, pode ir embora, Draco."
Ele soltou um suspiro, passando uma das mãos pelos cabelos loiros antes de me encarar. "Se eu quisesse me justificar, teria feito isso há muito tempo."
"Então por que está aqui?"
Ele ficou em silêncio por um momento, olhando para mim como se estivesse tentando decidir o que dizer.
"Porque, apesar de tudo, você é a única pessoa que realmente me conhece. E por mais que esteja com raiva de mim, você sabe que eu nunca faria algo assim."
Eu ri, mas sem humor. "Será? Porque se fosse verdade, você teria me contado o que diabos estava fazendo naquela noite. Mas você não contou. E isso me diz mais do que qualquer palavra sua agora."
Draco se aproximou, a mandíbula tensa, mas os olhos cheios de alguma coisa que eu não conseguia decifrar.
"SN... eu não posso te contar."
"Por quê?"
"Porque não posso. Porque não é tão simples. Porque se eu contar, talvez as coisas fiquem ainda piores do que já estão."
